Irmãos de pacientes com Alzheimer tendem a ter uma vida mais curta
Nathan Vieira
Irmãos de pacientes com Alzheimer tendem a ter uma vida mais curta

Irmãos de pacientes com Alzheimer tendem a ter uma vida mais curta. A informação vem de um estudo conduzido pela University of Southern California e publicado na revista científica Alzheimer's and Dementia através de dados envolvendo gêmeos.

Em comunicado divulgado pela própria universidade, os pesquisadores contam que esperavam um resultado diferente: que, em gêmeos onde um desenvolvesse demência e o outro não, a diferença na expectativa de vida fosse exatamente como vemos em pessoas sem ligação parental.

“Presumimos que a razão pela qual uma pessoa que desenvolveu demência tem uma esperança de vida reduzida é porque a demência leva a outras condições médicas que afetam a mortalidade. O que estamos vendo, em vez disso, é que o aumento do risco de mortalidade não se deve apenas à demência em si, mas também a todo um conjunto de outras influências", apontam os autores.

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No artigo, os cientistas escrevem que gêmeos idênticos compartilham 100% de seu genótipo, enquanto gêmeos dizigóticos (e irmãos completos) compartilham cerca de 50% de seu genótipo. Além disso, muitos gêmeos compartilham o mesmo ambiente enquanto crescem. Esse ambiente geralmente inclui fatores como exposição precoce à poluição, dieta, educação e atividades físicas.

Para o estudo em questão, 90 pares de gêmeos idênticos e 288 pares de gêmeos não-idênticos foram analisados. Em todos os casos, um dos gêmeos foi diagnosticado com demência , enquanto o outro não.

Redução da expectativa de vida

O estudo mostrou que quando um gêmeo idêntico é diagnosticado com demência, seu irmão tende a ter uma expectativa de vida igualmente reduzida.

Os resultados sugerem que a demência não é a única causa da redução da expectativa de vida. Em vez disso, parece que entra em jogo uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Com esses dados em mãos, os pesquisadores ressaltam a importância de uma alimentação saudável, exercícios físicos e uma educação adequada.

As dicas são pertinentes, uma vez que estudos anteriores já mostraram que exercícios físicos ajudam a prevenir o Alzheimer . Praticar 6 minutos diários de exercício intenso por dia já ajuda a evitar a doença neurodegenerativa.

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