![Relíquias de naufrágio da Idade da Pedra são achadas na Itália Relíquias de naufrágio da Idade da Pedra são achadas na Itália](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/80/td/ok/80tdokqez5agqjsmfylhetc9g.jpg)
Um tesouro arqueológico da Idade da Pedra foi encontrado submerso na costa da Itália, e, mais surpreendente, pode ter vindo de um naufrágio do Neolítico, entre 8.000 e 5.000 anos atrás. O estilo e a qualidade da preservação dos artefatos faz o achado ser único — os objetos estavam nas cercanias de Grotta Bianca (Caverna Branca, em português) de Capri, uma ilha do Golfo de Nápoles.
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Arqueólogos marinhos se uniram ao Departamento de Polícia de Nápoles para recuperar os artefatos naufragados em novembro deste ano, e perceberam que eles estavam espalhados por uma área muito maior do que se pensava. Um dos objetos era feito de obsidiana, um tipo de vidro vulcânico formado quando a lava é resfriada muito rapidamente. Com 8 kg e medidas de 28 x 20 x 15 cm, o item tem marcas e entalhes, indicando ter sido manipulado por humanos, mas com função ainda desconhecida.
Naufrágio na Idade da Pedra
O artefato de obsidiana, em especial, estava em uma profundidade de 30 a 40 metros abaixo da superfície, e não se sabe como teria chegado ali, mas a teoria mais aceita é a de um naufrágio da época Neolítica , também conhecida como Idade da Pedra Polida. Há planos para encontrar a antiga embarcação responsável por esse transporte, mas alguns entraves podem impedir o achado.
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É preciso vasculhar o fundo do mar, segundo os cientistas, mas nenhum resto de um casco de embarcação do Neolítico foi encontrado no Mediterrâneo, embora em terra e em lagos e rios, sim. Isso se dá porque a salinidade e temperatura do mar europeu são ideais para o molusco comedor de madeira Teredo navalis, também conhecido como teredo ou cupim-do-mar. Navios e barcos de todas as eras se tornam presas dessa criatura logo após afundar.
Em Capri, a embarcação só poderá ser recuperada caso tenha afundado rapidamente na areia e permanecido protegida dos animais. Ainda poderiam ser encontrados restos especialmente se o barco fosse uma canoa feita de um tronco único, mas, devido à raridade do evento, seria um achado único, segundo Sandro Barucci, pesquisador da navegação antiga, contou ao jornal Newsweek .
A obsidiana, em especial, era procurada por ser muito dura e quebradiça, útil para criar ferramentas bastante afiadas, como machados, facas e pontas de flecha. O material era comercializado por todo o Mediterrâneo e Oriente Próximo durante o período Neolítico. Embora a descoberta seja incomum, o material não é estranho à região, já que o Monte Vesúvio, conhecido pela atividade vulcânica, fica sobre o Golfo de Nápoles.
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