Se jogarmos uma abóbora no oceano, a que profundidade ela vai implodir?
Fidel Forato
Se jogarmos uma abóbora no oceano, a que profundidade ela vai implodir?

Desde que o submarino Titan, da OceanGate Expeditions , implodiu, as pessoas têm buscado entender quais materiais e qual profundidade são necessários para que ocorra uma implosão. Por exemplo, uma abóbora, muito dificilmente, irá implodir, mesmo após afundar muitos metros nas profundezas do oceano.

Vale lembrar que uma implosão ocorre quando um objeto ou qualquer outra coisa colapsa e desmorona em direção ao seu centro, como resultado de uma diferença entre a pressão interna e externa. O efeito é o oposto da explosão, onde a força é liberada de dentro para fora.

A seguir, confira a simulação da implosão de um submarino:

-
Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.
-

Em alguns casos, a implosão e o poder do vácuo são menos drásticos, especialmente quando ocorre na superfície da terra. Veja um exemplo, utilizando uma carreta de caminhão:

Implosão de abóboras

Para entender se e quando os vegetais implodem nas profundezas do oceano, o norte-americano Daniel Riley, cinegrafista e criador do canal de Youtube Rctestflight, conduziu inúmeros experimentos com abóboras . Confira a gravação dos testes, em inglês:

Para submergir as abóboras, Riley construiu um equipamento especial de testes. A estrutura consiste em uma espécie de jaula com redes e vigas de metal. Ali, o vegetal fica “flutuando”, preso pela rede, enquanto a estrutura metálica desce devido ao peso.

Sem esse aparato, a abóbora simplesmente não afundaria e ficaria boiando. Basicamente, a densidade dela é menor que a da água, o que a impede de chegar até as profundezas naturalmente.

No primeiro teste, a abóbora chegou a descer de 50 a 60 metros de profundidade. No entanto, ela voltou praticamente intacta, exceto por uma pequena rachadura na casca — através desse buraco, entrou água no vegetal.

A implosão não aconteceu. Isso porque a estrutura se rompeu, mesmo que pouco, antes de existir uma diferença tão grande de pressão entre o lado interno e o externo, o que poderia desencadear o processo de autodestruição.

Mais testes de implosão

Não contente com o resultado de que uma abóbora não iria implodir em condições naturais, Riley testou outras formas de submergir o vegetal. Por exemplo, tapou os buracos com uma fita adesiva e embrulhou o legume em uma sacola, após tentar tirar o ar de forma manual. Desta vez, o saco voltou rasgado, a abóbora tinha mais furos e nenhuma implosão ocorreu.

Por fim, ele colocou a abóbora em um saco fechado a vácuo — aqueles usados para embalar travesseiros e roupa de cama. Também tirou todo o ar, deixando apenas água dentro do vegetal. O “vácuo” foi gerado por um aparelho manual.

Quando a abóbora desceu aproximadamente entre 180 a 200 metros, ela finalmente implodiu, dobrando-se para dentro. O resultado se parece mais com o que aconteceu com a carreta do caminhão, do segundo vídeo, do que com o submarino, do primeiro.

Leia a matéria no Canaltech .

Trending no Canaltech:

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!