Review Pixel Watch 2 | O smartwatch com WearOS “puro”
Bruno Bertonzin
Review Pixel Watch 2 | O smartwatch com WearOS “puro”

O Google trouxe sua nova geração de smartwatch em outubro de 2023 e o Pixel Watch 2 chegou ao mercado com poucas diferenças em relação ao modelo antecessor. Entre elas, há algumas melhorias importantes, mas há alguns aspectos que podem ser considerados como downgrade.

Eu testei o relógio inteligente do Google nos últimos dias e agora conto como foi a minha experiência com o dispositivo.

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Prós

  • Construção ligeiramente mais leve
  • Melhoria no desempenho
  • Monitoramento de saúde e atividades precisos

Contras

  • Sem oxímetro manual
  • Sem ECG
  • Carregador proprietário
  • Sem suporte para carregadores wireless

Design e construção

No design, o Pixel Watch 2 não mudou nada em relação ao seu antecessor: ele segue com um mostrador redondo com as bordas bem protuberantes e curvas. Até a pulseira do Pixel Watch 1 serve na segunda geração e vice-versa.

A construção, porém, teve uma importante mudança que pode tanto ser interpretada de forma positiva quanto negativa: ela passou de aço inoxidável no Pixel 1 para um alumínio resistente no Pixel 2 .

Ao passo que a construção do primeiro é mais premium e mais durável, o conforto do segundo é melhor, já que é um pouco mais leve, passando de 36 para 31 gramas. Pode parecer pouco, mas no dia-a-dia faz diferença, principalmente ao praticar atividades físicas com ele no pulso.

Já um ponto que não mudou é que o Pixel Watch 2 mantém apenas uma versão de tamanho, com caixa de 41 mm. Para mim, este é um tamanho muito bom, mas quem tem o pulso maior pode ficar um pouco incomodado.

"O design do Pixel Watch 2 é bem minimalista, o que é bom, já que o deixa bem discreto. Mas ele peca em não oferecer mais opções de tamanho, principalmente para tem pulso mais grosso."

— Bruno Bertonzin

Tela

O Pixel Watch 2 conta com uma tela AMOLED de 1,2 polegada, com brilho máximo de 1.000 nits e resolução de 450x450 pixels. Esse conjunto é o suficiente para oferecer uma boa exibição, com bastante iluminação mesmo se usar o relógio sob um sol muito forte.

Ela tem suporte para Always On Display, então o relógio pode ser configurado para sempre exibir o mostrador, mesmo que com alguns pontos desligados. Naturalmente, isso consome mais energia, mas pelo menos deixa a hora sempre visível.

A proteção é feita com vidro Gorilla Glass 5, o que garante uma boa resistência contra arranhões.

O que me incomoda um pouco é que a borda é bem protuberante, o que dá um aproveitamento menor para o mostrador. Ao menos, com a tela AMOLED isso fica menos perceptível, já que fica bem escuro.

Sistema operacional

O Pixel Watch 2 conta com o sistema WearOS 4. Esse sistema já existe em outros modelos, como o Galaxy Watch , mas aqui dá para ver com mais precisão quais são as ideias do Google para a interface de relógios, já que não há modificações feitas sobre o software original. Funciona da mesma forma que os celulares Pixel , que tem o Android “puro”, então aqui temos um WearOS “puro”.

A interface é bem limpa e preza bastante pelo minimalismo. O sistema é bastante intuitivo e, mesmo que esta seja a primeira vez que você usa um relógio inteligente, provavelmente não terá dificuldades na navegação. Além disso, a navegação está bem rápida, graças à melhoria de performance aplicada na nova geração.

O bom do WearOS é o suporte à Play Store, assim dá para baixar uma quantidade significativa de apps, como WhatsApp , Maps, Fotos, Spotify , entre outros.

Monitoramento de saúde

Em relação ao rastreamento de atividades físicas, o Pixel Watch é bem completo e preciso. Ele consegue acompanhar diversas modalidades — tanto aquáticas quanto terrestres — e faz isso com muita exatidão.

Durante o período que usei, ele também conseguiu identificar corretamente quando iniciei alguns exercícios, como caminhada, por exemplo. Ainda assim, é possível ir ao menu principal, acessar a opção “ Fitbit Exercício” e escolher entre várias práticas disponíveis para monitorar.

Já para acompanhar métricas de saúde, ele deixa um pouco a desejar. Por um lado, ele tem recursos interessantes, como o monitoramento do sono, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura da pele. Por outro, senti falta de funções comuns em relógios dessa categoria, como ECG e oxímetro.

Em relação ao oxímetro, em específico, ele até consegue monitorar o nível de SpO2 no sangue, mas faz isso somente durante o sono — não é possível verificar os dados manualmente.

Bateria e carregamento

Em relação à bateria, o Pixel Watch teve uma ligeira melhora em relação à geração passada, que foi bastante criticada pela baixa autonomia. No entanto, ainda está longe do ideal e uma carga dura cerca de um dia se o relógio for usado para monitorar atividades físicas.

Já em dias que ele não for muito usado e servir mais para acompanhar notificações ou monitorar o sono, por exemplo, ele pode chegar a um dia e meio ou dois dias de uso.

Quanto ao carregamento, agora ele tem um carregador proprietário que, além de se encaixar magneticamente, também tem alguns pinos. Dessa forma, ele só é compatível com o carregador original e não funciona com carregadores sem fio.

Integração com o celular

O Pixel Watch 2 funciona bem com qualquer celular Android, desde que seja um modelo que tenha Android 8 ou superior. Após pareado, é possível controlar algumas funções do celular pelo smartwatch, como a reprodução de músicas ou até mesmo atender ligações ou responder mensagens.

Para isso, é claro, o relógio precisa estar ligado ao Bluetooth do telefone o tempo todo. Se quiser, ainda é possível usar o vestível sem essa conexão para acompanhar atividades físicas, mas é necessário pelo menos uma conexão futura para fazer a sincronização dos dados com o smartphone e, consequentemente, registrar os dados na conta.

Concorrentes diretos

O principal concorrente do Pixel Watch 2 é o Galaxy Watch 6 , tanto o “normal” quanto o Classic. Os dois contam com WearOS e oferecem uma boa variedade de aplicativos para o uso direto no pulso. Od modelos da Samsung , no entanto, são mais completos em relação aos recursos de monitoramento de saúde, e permitem acompanhar mais métricas, como ECG e oxímetro manuais.

A duração da bateria também é equivalente entre eles e, se usados com frequência, terão que ser carregados basicamente todo dia. Mas os relógios sul-coreanos têm outra vantagem, que é o suporte para carregamento sem fio, o que facilita bastante se você perder o carregador original ou simplesmente quiser ter uma fonte de carga extra.

Quanto ao preço, o Pixel Watch 2 não é vendido oficialmente no Brasil e, nos Estados Unidos, custa US$ 300. Em conversão direta, e sem considerar taxas, isso daria algo em torno de R$ 1.900. Eu ainda encontrei ofertas para ele no Mercado Livre em torno de R$ 3.200, mas essa venda é feita por pessoas que importam o celular para cá.

Já o Galaxy Watch 6 já é vendido por cerca de R$ 1.600 no mercado brasileiro, enquanto o modelo Classic custa aproximadamente R$ 2.300.

"O desempenho do Pixel Watch 2 é muito bom e ele consegue acompanhar bem as atividades físicas. Mas senti muita falta de um oxímetro manual para monitorar o nível de SpO2 a qualquer momento."

— Bruno Bertonzin

Vale a pena comprar o Pixel Watch 2?

No momento, não vale a pena comprar o Pixel Watch 2 , principalmente porque ele não é vendido oficialmente no mercado brasileiro e seu preço, via importação, é muito alto.

Além disso, seu funcionamento é muito inferior aos Galaxy Watch 6 , da Samsung , que já são vendidos diretamente por aqui pela metade do preço, praticamente.

Se, nos próximos meses, seu preço por importação cair para cerca de R$ 1.500, talvez comece a fazer mais sentido, mas ainda assim seria algo difícil de considerar, principalmente pela incerteza no valor de taxas a se pagar.

Leia a matéria no Canaltech .

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