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Em análise divulgada pelo banco britânico Barclays nesta terça-feira (2), os analistas da instituição financeira derrubaram a nota de investimentos das ações da Apple ao projetar que a gigante não "ofereceria mudanças significativas com o iPhone 16 ". Recomendando a venda, os especialistas também apontaram que a Maçã teria um 2024 conturbado, enfrentando novos processos regulatórios e uma provável queda na demanda de produtos e serviços, especialmente nos países desenvolvidos.
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No relatório, o analista Tim Long justificou as projeções negativas ao citar que o " iPhone 15 foi desanimador" (em relação às novidades oferecidas), e afirmou que o Barclays "não espera ver mudanças significativas com o iPhone 16 ". Não é de hoje que especialistas têm apontado que o mercado de smartphones premium como um todo está estagnado, mas a Apple tem sido uma das marcas mais criticadas pela postura mais "conservadora", que opta por implementar pequenas mudanças em cada geração, em vez de apostar alto em inovações.
Apesar disso, a falta de grandes modificações não seria o único motivo por trás da perda de confiança — Long cita ainda a redução na demanda por produtos da Maçã , entre iPhones, Macs e iPads, especialmente nos países desenvolvidos. A análise acredita que haverá um crescimento em países emergentes, como o Brasil, mas os ganhos não seriam suficientes para cobrir a queda nas regiões de maior poder de compra.
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O analista dá foco especial à situação da Apple na China, onde a marca norte-americana perdeu força frente a uma forte recuperação da Huawei no mercado chinês. Fora isso, desafios regulatórios preocupam a instituição financeira, entre elas as disputas de patentes de monitoramento de oxigenação do sangue do Apple Watch com a empresa de saúde Masimo , e as discussões sobre taxas da App Store , que já supera o hardware ao representar quase um quarto da receita da gigante de Cupertino.
Curiosamente, o Barclays não foi a única instituição a derrubar a nota da Apple e recomendar a venda de ações da marca — o Itaú BBA, divisão de investimentos do Banco Itaú, já vinha sugerindo que a gigante enfrentaria um cenário pouco animador desde julho de 2022, citando motivos similares. É difícil dizer se a Maçã realmente terá problemas que impactem seus negócios, mas as análises acabam afetando o financeiro da marca de toda forma.
A análise mais recente derrubou a projeção de valor das ações em US$ 1 (~R$ 5), de US$ 161 (~R$ 790) para US$ 160 (~R$ 786), o que reduziria o valor de mercado da Apple em US$ 90 bilhões (~R$ 440 bilhões), situação desagradável para a companhia quando consideramos sua forte valorização no final de 2023, que a fez ser a primeira empresa a valer mais de US$ 1 trilhão (~R$ 5 trilhões). O preço por ação seria ainda o menor em sete semanas.
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