Por que sentimos desejo? Química do cérebro ajuda a responder
Nathan Vieira
Por que sentimos desejo? Química do cérebro ajuda a responder

Por que sentimos desejo? Na última sexta-feira (12), um estudo publicado na revista Current Biology revelou que essa sensação pode deixar uma marca química no cérebro. Segundo os pesquisadores da University of Colorado at Boulder (EUA), tal assinatura biológica ajuda a explicar por que queremos estar mais com algumas pessoas do que com outras.

O estudo utilizou neuroimagem para observar o cérebro de roedores da espécie Prairie vole (que possui um comportamento monogâmico) em tempo real quando eles estavam separados de seus parceiros. Em um dos cenários, eles ficaram separados por uma porta que era preciso abrir com uma alavanca. Em outro, a fêmea foi forçada a pular um obstáculo para alcançar o parceiro.

A equipe rastreou a atividade em uma parte do cérebro chamada núcleo accumbens, relacionada à busca por recompensas. Quando um animal se envolve em comportamentos que deveriam levá-lo a algo que deseja, o neurotransmissor dopamina inunda o sistema de recompensa do cérebro.

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Na ocasião, sensores acenderam cada vez que captaram uma dose de dopamina, e quando os roedores finalmente se reuniram com seus parceiros, as luzes ficaram incessantes, mas enquanto estavam separados, as luzes diminuíram.

Desejo desperta química no cérebro

Os autores observam, então, que a dopamina não só é realmente importante para motivar a procurar o parceiro, como também há mais dopamina através do centro de recompensas quando estamos com o nosso parceiro do que quando estamos com um estranho.

Para um experimento seguinte, um casal de roedores foi mantido separado por quatro semanas. Os pesquisadores observaram que, quando os ratos finalmente se reuniram, não se esqueceram de seus parceiros, mas aquela onda de dopamina desapareceu, indicando que eles perderam o desejo um pelo outro.

A teoria dos pesquisadores é que a descoberta dessa ausência de dopamina na verdade ajuda a entender a superação de uma perda, e a possibilidade de seguir em frente após uma separação.

Os sentimentos são realmente muito complexos, mas são desvendados pouco a pouco, uma vez que protagonizam diversos estudos. Anteriormente, apontamos o que a ciência diz sobre o amor , e no último dia 10, um estudo revelou o que acontece com o cérebro quando você se apaixona .

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