Star Wars sempre passou a impressão de que os Jedi representam o bem supremo, que, mesmo sendo pessoas ou criaturas sencientes parecidas com os humanos, normalmente não parecem exibir defeitos ou limitações. Essa ideia afasta os fãs dos heróis, pois fica mais fácil qualquer um se reconhecer em alguém mais falível, como até os Sith — não à toa Darth Vader é o preferido de muitos.
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Mas muita coisa vem passando por uma revisão no cânone, e isso também entrou na lista, com uma solução que apareceu em uma recente HQ publicada pela Marvel Comics. Na trama, é revelada uma falha fatal na Ordem Jedi, que não tem como corrigi-la.
Atenção para spoilers de Star Wars #42!
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Um dos aspectos mais questionáveis da Ordem Jedi é o fato de a instituição abduzir crianças inerentemente fortes na Força. Os pequenos são retirados de suas famílias ainda jovens para serem treinados nos caminhos do Lado da Luz. Após uma vida inteira dedicada ao treinamento, os Jedi são encarregados de viajar pela galáxia para resolver conflitos, tentando o seu melhor para seguir as correntes naturais da Força.
Mesmo na melhor luz possível, isso é perturbador, pois a Ordem Jedi não apenas sequestra crianças, mas também as doutrinam antes de obrigá-las a se tornarem uma força policial galáctica. E fazem isso sem tolerar questionamentos. Os Jedi tentam fazer o que é certo e justo, mas há problemas inerentes a toda a organização.
Mas, agora, a nova HQ do título mensal de Star Wars na Marvel ajuda a humanizar esse aspecto, destacando uma grave consequência que não pode ser remediada.
Todos os Jedi são obsessivos
Em Star Wars #42 , lançado recentemente, Luke Skywalker reencontra Gretta, uma devota da religião Fallanassi, cuja cultura está enraizada no estudo do cristal kyber e na reverência pela Força. Quando Luke a encontra, ele fica surpreso ao ver que ela não está sozinha, pois aparentemente está com sua tia, uma mulher chamada Feez.
Quando Luke conhece tia Feez, ele pergunta se ela conhece a Força, dada sua herança Fallanassi. Ela explica que é receptiva à Força, como a maioria dos adeptos da mesma ordem religiosa; mas que decidiu não praticar seu uso.
Feez optou por passar sua vida criando uma família e aprendendo medicina para se tornar uma curandeira. Ela destacou que aprender a usar a Força como um Jedi exige tudo da vida de alguém, acrescentando que “é um caminho para obsessivos”.
A edição praticamente afirma que é preciso estar completamente obcecado pela Força para aprender como aproveitá-la para realizar feitos de telepatia, telecinesia e outras habilidades exibidas pelos Jedi e pelos Sith. Não importa qual lado da Força se estuda ou pratica, a obsessão é a única constante.
Os Fallanassi provam que toda uma cultura pode respeitar, honrar e amar a Força sem tentar manipulá-la através de prática obsessiva e estudo ao longo da vida. E isso os Jedi nunca poderão superar, dado o nível de entrega total aparentemente necessária para manifestar seus poderes.
E isso, além de tornar os Jedi mais falíveis e humanos, também os aproxima do Sith, que são igualmente obcecados pela Força. Como dizem por aí, as extremidades de uma ferradura, mesmo em lados opostos, são iguais.
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