Google muda informações sobre modo anônimo do Chrome após processo
Felipe Demartini
Google muda informações sobre modo anônimo do Chrome após processo

O Google está alterando as informações exibidas quando o usuário aciona o modo anônimo do Chrome , buscando mais clareza sobre questões de privacidade. Após sofrer processo na justiça americana, a empresa afirma agora que, mesmo durante a utilização da opção, dados podem ser coletados por sites e serviços acessados.

As novas informações apareceram na versão Canary do Chrome , como é chamada a Beta do navegador. A nova descrição, que pode ser lida antes de se acessar qualquer página , traz uma linha adicional para indicar que o modo é sim mais privado que a navegação normal, mas não impede a coleta de informações por serviços online, incluindo aqueles do próprio Google.

Foi justamente a ausência desse “pequeno” detalhe que motivou a ação de classe iniciado em 2020 contra a gigante. Após se defender afirmando deixar claro a coleta de dados por sites, provedores de internet e administradores de redes internas, a companhia chegou a um acordo no valor de US$ 5 bilhões , anunciado no final de dezembro.

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Quem usa a versão Canary do Chrome no português brasileiro, porém, ainda vê o novo alerta em inglês. Afinal de contas, se trata de uma versão prévia da próxima atualização do navegador, que ainda não tem data para chegar e é liberada aos que optam por participar da Beta do software e terem acesso antecipado a recursos em caráter de teste.

Coleta de dados em modo anônimo do Chrome

No processo movido na justiça americana, o Google foi acusado de lucrar com os dados coletados no modo anônimo do Chrome. A ideia era que, ainda que a navegação fosse mais privativa, soluções de publicidade e análise de tráfego da empresa seguiam coletando as informações dos usuários, com a descrição original sendo ainda menos clara sobre o assunto.

Ainda, pesquisas apresentadas nos tribunais indicaram que as informações, se cruzadas com as de navegação normal, também poderiam levar a uma identificação direta dos usuários. Diante de tudo isso, o Google foi acusado de violar leis federais de privacidade, o que levou à imposição de US$ 5 bilhões em danos morais coletivos.

O acordo apresentado pela companhia no final do ano ainda não foi aceito oficialmente pela justiça, com uma aprovação final prevista para vir somente em fevereiro. O Google, porém, já está se adiantando, já que a falta de clareza nas informações fornecidas foi uma das peças centrais de toda a questão.

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