Asas de inseto podem ter evoluído das guelras. Pelo menos, é isso o que sugere um estudo publicado no último mês de dezembro na revista científica Communications Biology . Para chegar a essa afirmação, pesquisadores da República Checa e da Alemanha analisaram fósseis pré-históricos de insetos voadores de cerca de 300 milhões de anos.
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Já não é de hoje que pesquisadores analisam fósseis de insetos pré-históricos . Dessa vez, essa análise permitiu identificar semelhanças na estrutura entre as asas e guelras, o que levanta a teoria de que alguns dos primeiros insetos voadores eram aquáticos ou semiaquáticos como larvas.
Até então, a maioria das discussões sobre insetos voadores presumiu que seus ancestrais eram terrestres, mas evidências genéticas e os fósseis recentemente analisados sugerem que os primeiros insetos podem ter se parecido com crustáceos aquáticos.
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Asas vieram das guelras?
Os fósseis analisados foram encontrados em uma formação rochosa na Alemanha. A espécie, chamada Katosaxoniapteron brauneri , possui protuberâncias laterais que parecem adequadas a um estilo de vida aquático. As abas superior e inferior são notavelmente semelhantes e mostram papilas filamentosas associadas à respiração.
Conforme os pesquisadores escreveram no artigo, na idade adulta, porém, as abas mais próximas da cabeça transformam-se em asas.
A equipe reconhece que esses resultados fortalecem a ideia de que as asas evoluíram a partir de precursores de guelras ancestrais. “As primeiras formas de projeções achatadas no tórax, que deram origem às asas posteriores, poderiam assim ter surgido como órgãos respiratórios”, sugerem os pesquisadores, em comunicado.
No entanto, o próprio artigo faz a ressalva de que mais estudos são necessários para que se chegue a uma conclusão mais concreta acerca do assunto. Também no último mês de dezembro, cientistas encontraram o fóssil de mosquito mais antigo do mundo .
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