Apple quer taxar apps baixados fora da App Store, diz jornal
Bruno De Blasi
Apple quer taxar apps baixados fora da App Store, diz jornal

Com a nova legislação da União Europeia, o iPhone deve ganhar um caminho para instalar apps sem depender da App Store em março. Mas a Apple quer manter um mecanismo para revisar aplicativos e até cobrar taxas dos desenvolvedores — ao menos em território europeu. É o que mostra uma reportagem do jornal Wall Street Journal nesta quarta-feira (24), que apurou os planos da companhia através de informações de bastidores.

Parte da estratégia se concentraria em um dos pontos mais fortes da App Store: a análise de apps. Atualmente, a empresa defende que os procedimentos de controle ajudam a manter o iPhone e o iPad protegidos contra vírus e outras ameaças .

Para seguir a Lei dos Mercados Digitais (DMA, em inglês) , o iPhone vai ganhar uma alternativa para instalar apps fora da loja oficial. Do outro lado, a Apple pretende garantir um caminho para inspecionar os softwares mesmo nesses casos.

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Todavia, ainda não está claro se a revisão implicará em alguma restrição direta ou não às instalações.

Taxa para desenvolvedores pode ser mantida

Outro ponto polêmico gira em torno da taxa para desenvolvedores. O jornal estadunidense ressalta que a Apple também tem planos para cobrar de quem publica e distribui aplicativos fora da App Store.

Esse processo, caso confirmado, tende a manter uma parte dos canais de monetização da empresa. Hoje, além das comissões para vendas nos apps, é preciso pagar uma anuidade para publicar softwares nas lojas oficiais da Apple.

Contudo, ainda não está claro como essa cobrança será feita. Da mesma forma, trata-se de um plano que ainda não foi finalizado e que pode sofrer alterações nas próximas semanas.

A Apple não se manifestou sobre o assunto.

Por que a Apple vai liberar o downloads de apps?

O primeiro iPhone nasceu em 2007 sem a possibilidade de instalar apps. Esse destino foi alterado em 2008, quando a Apple lançou a App Store, mantendo-a como o único canal para fazer downloads de programas até os dias atuais.

Com o passar dos anos, a restrição se tornou alvo de críticas tanto de usuários quanto de desenvolvedores, como a Epic Games e o Spotify . Mais tarde, em 2022, o DMA da União Europeia entrou em vigor e abriu um caminho para o fim da restrição .

A legislação traz uma série de exigências para aumentar a competitividade no bloco e restringir abusos de poder por parte das empresas. Entre elas, a necessidade de oferecer canais alternativos para instalar apps, como já acontece com o Android.

Outras instâncias foram afetadas pela lei, como o WhatsApp, que prepara uma integração com outros aplicativos .

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