Disquetes ainda sobreviviam no Japão
Daniel Trefilio
Disquetes ainda sobreviviam no Japão

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão anulou a obrigatoriedade de uso de disquetes — e CDs — para enviar requerimentos oficiais. Até recentemente, cerca de 1.900 procedimentos governamentais ainda estipulavam que dados dos requerimentos fossem submetidos utilizando as soluções de armazenamento antigas, praticamente inacessíveis atualmente.

A nova medida encerra, efetivamente, um dos poucos casos atuais de uso de disquetes, que teve um ciclo de 50 anos desde que a tecnologia legada foi lançada. Para fins de comparação, no Brasil ainda é possível submeter a declaração do Imposto de Renda utilizando disquetes em condições especiais, mas já em 2012, apenas 522 entre 25 milhões de declarantes optaram pelo formato.

O ícone original de salvar

Os disquetes de alta densidade de 1,44 MB foram extremamente populares entre as décadas de 1980, até início dos anos 2000. Tanto por isso, foram adotados amplamente por serviços públicos para substituir formulários em papel e documentos impressos.

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Como praticamente todos os computadores traziam drives de disquete de fábrica, e o custo dos discos floppy era relativamente baixo, a solução era extremamente acessível. As primeiras urnas eletrônicas brasileiras , fabricadas em 1996, utilizaram a tecnologia para armazenar os dados de votação, mas ela foi substituída por flash cards (USB) a partir de 1998.

Ainda assim, por representar um marco importante na evolução do armazenamento de dados, até hoje os disquetes são adotados como o ícone padrão de “salvar” em sistemas digitais. As grandes empresas de soluções de armazenamento encerraram a fabricação de disquetes há mais de 10 anos, mas caso alguém ainda precise, é possível encontrá-los no Brasil sob selos menores que trabalham com produtos OEM.

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