![O que é biohacking? O que é biohacking?](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/3b/al/4j/3bal4jcimwur3j47jj9wtjobj.jpg)
Biohacking é um movimento que une os mais variados grupos, indo dos aficionados por tecnologia até os que buscam saúde, bem-estar e formas de combater o envelhecimento. Em comum, eles se propõem a realizar intervenções no próprio corpo, em hospitais ou na garagem de casa, com o objetivo de expandir as capacidades humanas. Basicamente, é a junção de técnicas da biomedicina com a ética hacker.
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Nessa história, o chip da Neuralink, startup fundada por Elon Musk, com potencial para controlar objetos com o poder da mente , é um dos grandes exemplos da área de biohacking. Outros implantes do tipo estão em desenvolvimento . Entretanto, modificações mais simples, como fazer reposição hormonal após a menopausa ou usar um marca-passo, podem se enquadrar nessa cultura.
Biohacking: humanos turbinados
Biohacking é a "tentativa de melhorar a condição do corpo e da mente usando tecnologia, drogas ou outras substâncias químicas, como hormônios", explica o Dicionário Cambridge , em uma de suas definições mais abrangentes.
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"Experimentos científicos com material biológico, especialmente genes, feitos por pessoas que não são especialistas oficiais ou cientistas, seja como hobby, para ganhar dinheiro ou cometer crimes", aponta o dicionário inglês em outra definição.
Através das definições, é possível observar dois mundos distintos envolvidos na prática de biohacking:
- A ciência de garagem, também conhecida como ciência do it yourself (DYI), em que as práticas de melhora da capacidade humanas são desenvolvidas fora de um ambiente hospitalar e seguro. Tudo é mais experimental e o risco de acidentes é maior. Por outro lado, existem até kits caseiros para quem quer entrar nesse movimento ;
- A ciência convencional , onde as técnicas usadas foram validadas por estudos clínicos e inúmeros testes em animais e humanos. Entretanto, é preciso atenção, já que, nas redes sociais e até em consultórios, algumas práticas são vendidas como seguras, mas não são.
Exemplos de biohacking
Com uma definição tão ampla do que é biohacking, diferentes intervenções ou medidas podem ser associadas com essa cultura, como:
- Marca-passo para controlar e estimular o ritmo cardíaco;
- Implante coclear para quem tem problemas auditivos;
- Ténicas de terapia gênica ;
- Uso de suplementos alimentares com finalidades específicas;
- Técnicas de alimentação para retardar o envelhecimento;
- Uso de nootrópicos, conhecidos como “smart drugs” , que impactam as funções cerebrais, desde a mais conhecida ritalina até pílulas com cafeína;
- Chips para reposição hormonal;
- Parafusos, hastes, grampos, silicone e demais materiais compondo ou afixando estruturas no corpo após cirurgia;
- Implante cerebral da Neuralink de controle através da mente e outras interfaces cérebro-máquina;
- Biochip na ponta dos dedos para abrir portas ou ainda realizar pagamentos;
- Implante de LED sob a pele para iluminar tatuagens ;
- Entre tantos outros.
Biohackers: ciborgues na história
Entre os biohackers mais icônicos, está o artista inglês Neil Harbisson, que foi reconhecido como o primeiro ciborgue humano, segundo o Guinness World Records . Para receber este título, Harbisson fez inúmeras intervenções no próprio corpo, como a que permitiu “enxergar”, pela primeira vez, as cores do mundo.
Harbisson nasceu com acromatopsia (daltonismo total), uma condição que faz com ele enxergasse tudo em preto e branco. Por isso, ele instalou um sensor de fibra óptica na ponta de uma antena colocada na sua cabeça, a eyeborg . Este dispositivo capta as cores do entorno, converte as ondas de luz em ondas sonoras e as transmite como vibrações audíveis em seu crânio, permitindo a identificação das cores.
If we dont merge with technology, technology will become so intelligent that it will run away from us pic.twitter.com/7i16OpfwvM
— Neil Harbisson (@NeilHarbisson) June 4, 2016
A espanhola Moon Ribas instalou um sensor no seu braço que alerta quando um terremoto é registrado na Terra. Além disso, o estadunidense Rich Lee implantou “fones de ouvido” nos tragus — “saliência” localizada no ouvido externo —, conseguindo ouvir músicas e atender chamadas de forma muito mais simples. Eles também estão no Livro dos Recordes .
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