A caixa preta de um avião é um dispositivo instalado nas aeronaves para que, no caso de acidentes aéreos, as autoridades possam entender melhor o que causou o problema. A partir de julho, alguns carros novos fabricados na Europa passarão a ter um equipamento semelhante.
A União Europeia determinou que todos os carros de passeio que se enquadrem na classe M1 (8 passageiros + o motorista) e veículos comerciais do tipo N1 (caminhonetes e vans com mais de 3,5 toneladas) saiam de fábrica obrigatoriamente com um EDR (Event Data Recorder ou, em português, gravador de dados de eventos).
A intenção do órgão é dar às autoridades um meio mais preciso de entender como determinados acidentes acontecem ao analisar os dados que ficarão armazenados no gravador por até 5 segundos antes da colisão e 0,3 segundos após o impacto.
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O EDR começa a funcionar de forma automática quando há o acionamento dos airbags e dos tensores dos cintos de segurança, e inicia a gravação assim que o capô ativo do veículo se abre ou quando há mudanças bruscas de velocidade na lateral ou na longitudinal.
Quem vai analisar a caixa preta?
De acordo com a documentação fornecida pela União Europeia, os carros equipados com EDR terão monitorados e armazenados na caixa preta os seguintes dados: velocidade, frenagem, inclinação do carro, posição na estrada, tempo de resposta do sistema de segurança e acionamento ou não da chamada de emergência — item obrigatório desde 2018.
Os dados são de propriedade do dono do carro ou do motorista que estiver conduzindo o veículo no momento do acidente e, de acordo com a União Europeia, serão coletados de forma anônima para evitar qualquer tipo de manipulação equivocada.
Após o acidente, tudo o que estiver armazenado na caixa preta dos carros será enviado para as autoridades locais competentes. O acesso pode ser feito de duas formas: via interface OBD ou, no caso de destruição da porta (do equipamento), diretamente no EDR, como ocorre nos aviões.
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