Primeira grande aposta da Apple no segmento de Realidade Mista (MR) , o Vision Pro passou pelas mãos do YouTuber Zack Nelson , do canal JerryRigEverything , para ter a resistência avaliada. O acessório surpreendeu por mostrar o uso de plástico exposto na tela externa, em virtude da adoção de vidro laminado, devendo assim exigir mais cuidado dos usuários para evitar riscos e outros tipos de danos. O criador de conteúdo constatou ainda a alta dificuldade de acessar os componentes internos, conforme o time do iFixit havia mostrado recentemente .
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Zack inicia a avaliação partindo diretamente para o display externo, e descobre logo no começo que a camada mais exposta é de plástico. É preciso deixar claro que há sim vidro, mas trata-se de vidro laminado, que usa a camada plástica para impedir que estilhaços se soltem e causem problemas no caso de quebra — a tecnologia é similar à do painel do Nintendo Switch OLED, por exemplo. O que mais incomoda por aqui é a falta de qualquer película ou proteção que evite riscos.
Usando as ferramentas do teste de dureza da escala Mohs, o YouTuber encontrou marcas já a partir do nível 3, com danos profundos a partir do nível 4. Em comparação, a tela de vidro de smartphones começa a ser riscada apenas no nível 6. Isso significa que poeira e outros detritos poderiam riscar a área externa dos óculos da Apple com certa facilidade e, mesmo que haja uma espécie de luva de lã para transporte, seria interessante se a gigante trouxesse de fábrica alguma proteção adicional.
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Com isso fora do caminho, a construção impressiona pelo uso de materiais premium, incluindo peça única de alumínio para a estrutura principal, as hastes flexíveis com as caixas de som embutidas e a faixa Solo Knit Band. Responsável por fixar o visor na cabeça, essa faixa é composta de lã reciclada, e aparenta ser muito confortável segundo sugere Zack , ainda que não seja ideal para uso prolongado, por não distribuir o peso tão bem.
Dito isso, há problemas sérios em termos de reparabilidade, como o iFixit também já havia confirmado: não apenas é extremamente difícil acessar os componentes internos, como ainda estão presentes uma variedade de parafusos e conectores que tornam o procedimento mais complicado — não é uma boa ideia tentar fazer consertos complexos por conta própria. Por outro lado, Zack encontra algumas características interessantes.
A tela externa usa lentes lenticulares para tentar criar um efeito tridimensional para quem observa os olhos do usuário, enquanto os dois displays OLED internos são bastante avançados, contando com resolução 4K em cada olho em uma área próxima à de uma chave. A placa-mãe contendo os processadores M2 e R1 é flexível, apostando em duas ventoinhas que lembram os modelos usados em MacBooks, e há motores dedicados para ajustar a distância entre olhos para assegurar boa visualização.
Contudo, as lentes que entram em contato com os olhos também são feitas em plástico, não devendo ser limpas com papel ou panos que não sejam de microfibra, e a bateria embarca um conector proprietário similar ao Lightning , em vez de abraçar o USB-C por completo. No geral, o aparelho tem boa construção e é um começo promissor da Maçã no segmento de óculos MR, mas não há dúvidas que inúmeras melhorias podem e devem ser aplicadas em futuras gerações.
Disponível de forma exclusiva nos EUA, o Apple Vision Pro já está à venda por um preço salgado, que parte de US$ 3.499 (~R$ 17 mil). Não há qualquer previsão de lançamento para outras regiões, ainda que rumores indiquem que a gigante de Cupertino estuda levar a novidade para novos países antes da WWDC 2024 , marcada para junho, de modo a incentivar que mais desenvolvedores produzam apps dedicados para o aparelho.
Leia a matéria no Canaltech .
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