Árvore de 350 milhões de anos era bem diferente das que conhecemos
Nathan Vieira
Árvore de 350 milhões de anos era bem diferente das que conhecemos

Com folhas de quase três metros de comprimento, uma árvore de 350 milhões de anos surpreendeu os pesquisadores ao se mostrar diferente de tudo o que já foi visto. As descobertas compartilhadas na Current Biology descrevem a espécie Sanfordia densifolia como "enigmática".

Os fósseis de árvores analisados pela equipe do Colby College (EUA) pertencem, na verdade, a uma região do Canadá chamada New Brunswick.

Além de fazer uma estimativa de que a árvore originalmente media cerca de três metros de altura e tinha 16 centímetros de diâmetro no tronco, com folhas se espalhando por todo o entorno, a equipe também fez uma reconstruçãode como a espécie deveria ser na época:

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A descoberta dos pesquisadores sugere uma copa densa de mais de 250 folhas aglomeradas, e um tronco fino e sem ramos. O material sugere que a árvore viveu no período geológico denominado Carbonífero, e relembra que a formação das primeiras florestas foi acompanhada por um processo de competição entre diferentes grupos de plantas.

Árvore era assim para conseguir luz

Na prática, isso quer dizer que cada uma tentava encontrar seu próprio espaço para obter a luz solar e aproveitar o solo.

O artigo descreve as folhas como “espirais fortemente comprimidas”, e os autores acreditam que o design excêntrico da árvore não seja em vão, tendo o objetivo de maximizar a quantidade de luz solar que as folhas capturam para a fotossíntese.

A estatura mais baixa também sugere que a espécie pode ser um dos primeiros exemplos de árvores pequenas que crescem sob a copa das mais altas. "Esta estratégia de crescimento provavelmente maximizou a intercepção de luz e reduziu a concorrência de recursos provenientes da cobertura do solo", estimam os pesquisadores.

Assim, a estratégia da árvore na época envolvia crescer verticalmente o mais rápido possível, formando o que os especialistas chamam de dossel da mata. "Este espécime mostra que a vegetação do Carbonífero era mais complexa do que se imaginava, sinalizando que se tratava de uma época de arquiteturas de crescimento experimentais", conclui o estudo.

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