Mina abandonada na Finlândia vai virar bateria de gravidade
Augusto Dala Costa
Mina abandonada na Finlândia vai virar bateria de gravidade

Uma das minas mais profundas da Europa — chamada Pyhäsalmi, na Finlândia — irá se tornar uma bateria de gravidade capaz de guardar até 2 megawatts de energia. O esforço faz parte da resolução de um problema quando se fala em energia renovável: o armazenamento da energia não utilizada.

Fontes de energia renovável, como usinas eólicas e painéis solares , não funcionam o tempo todo, podendo não estar disponíveis quando se precisa delas. Por outro lado, em dias muito ensolarados ou com muito vento, pode ser produzida energia em excesso, fazendo com que consumidores tenham de ser pagos para consumir eletricidade. A energia não utilizada, no entanto, simplesmente se perde.

Seria ótimo se pudéssemos guardar o excedente de energia, não é? Baterias que guardem uma quantidade tão grande do recurso, no entanto, não existem, mas há algumas opções. Uma delas é a bateria de gravidade, que, apesar do nome impressionante, são bastante simples.

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Como funciona a bateria de gravidade?

Na ocasião de fontes energéticas produzirem mais do que a demanda, o excesso de energia pode ser usado para mover pesos, como água e areia, para cima, transformando-se em energia potencial. Durante momentos de escassez, então, o peso é liberado, o que alimenta turbinas através da força da gravidade e da frenagem regenerativa, como a KERS dos carros de Fórmula 1.

A eficiência não é perfeita — a de nenhuma bateria é —, chegando a 80%, mas é melhor do que perder a energia. Em geral, baterias de gravidade são reservatórios bastante altos, mas minas abandonadas também são uma boa opção, já que são profundas e geralmente equipadas com o necessário para mover pesos.

A companhia escocesa Gravitricity criou um sistema de guindastes e guinchos para serem instalados em minas sem uso para realizar o feito, e é a responsável pela instalação na cidade de Pyhäjärvi, na região central da Finlândia, cuja mina de zinco e cobre, Pyhäsalmi, tem 1.400 metros de profundidade.

À medida que as necessidades energéticas do planeta vão se voltando cada vez mais para fontes renováveis, tecnologias de armazenamento de energia, como essa, se tornarão cada vez mais procuradas. A vantagem de baterias de gravidade é que elas são baratas, não precisam de materiais raros para sua produção, e funcionam mais ou menos como uma bateria de lítio-íon.

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