Misteriosos ovos pretos são encontrados na região abissal do oceano
Augusto Dala Costa
Misteriosos ovos pretos são encontrados na região abissal do oceano

Cientistas resolveram um mistério submarino envolvendo ovos totalmente negros encontrados nas profundezas da zona abissal do mar — eles pertencem a platelmintos, também conhecidos como vermes planos, e agora batem o recorde de serem os vermes livres mais profundos do mundo.

Os ovos das misteriosas criaturas , também chamados de casulos, foram encontrados a 6.200 metros de profundidade na Trincheira de Kuril-Kamchatka, no noroeste do oceano Pacífico, por Yasunori Kano, professor da Universidade de Tóquio, que pilotava o veículo operado remotamente (ROV) Hakuho-Maru.

Não sabendo o que havia encontrado nas profundezas do oceano e pensando se tratar de protistas, ele recorreu a Keiichi Kakui, da Universidade de Hokkaido, e escreveu um artigo descrevendo a descoberta em conjunto com o especialista, que conseguiu desvendar o mistério.

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Vermes recordistas submarinos

Segundo o relato de Kakui ao site IFLScience , os casulos foram observados no microscópio, onde foram cortados e liberaram um líquido leitoso. Ao soprar nele com uma pipeta, foram vistos pequenos corpos brancos frágeis na casca, e isso permitiu descobrir serem platelmintos. O achado era bem raro, mas os cientistas ainda não sabiam disso.

Rochas contendo os ovos foram levadas à Coleção de Invertebrados do Museu da Universidade de Hokkaido, e, lá, foram extraídos quatro casulos intactos, revelando restos de vermes planos no interior. Uma delas foi dissecada para estudo e outras duas tiveram seu DNA extraído.

Descobriu-se, então, que se tratava da subordem Maricola , ordem Tricladida , o que foi impressionante aos especialistas — ninguém esperava encontrar platelmintos vivendo tão profundamente, então as criaturas bateram automaticamente um recorde. Mais curioso ainda foi notar que não há muitas diferenças entre os vermes planos profundos e os que vivem em ambientes marinhos rasos. O plano dos pesquisadores é seguir estudando as criaturas, na esperança de desvendar segredos sobre seu desenvolvimento.

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