O mais novo artigo científico da revista Optica traz boas notícias para você que tem dificuldade em ver de longe: lentes espirais que apresentam múltiplos pontos focais e permitem a visão à distância. É uma tecnologia que pode ser incorporada tanto em óculos quanto em lentes de contato .
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Como dissertam os pesquisadores da University of Bordeaux (França), nossos olhos focam naturalmente a luz nas nossas retinas, mas interferências levam a uma imagem borrada. É aí que entram as lentes corretivas: projetadas para neutralizar isso com uma curvatura, espessura e formato específicos, conforme cada caso.
Para o novo estudo, os franceses criaram um tipo de lente com formato espiral que cria três pontos focais diferentes no campo de visão.
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Essas lentes espirais geram um efeito conhecido como vórtice óptico — um padrão de fase e amplitude da luz, no qual a fase da onda de luz ao longo de um caminho circular ao redor do eixo óptico é diferente daquela no centro, o que leva a uma mudança na direção do campo de luz ao longo do caminho da propagação. Veja um vídeo de como funciona:
“Ao contrário das lentes multifocais existentes, a nossa lente funciona bem sob uma ampla gama de condições de luz e mantém a multifocalidade independentemente do tamanho da pupila”, defende o grupo de pesquisa.
Qual o diferencial das lentes espirais?
Mas o que essas lentes espirais têm de diferente, exatamente? Os pesquisadores explicam que a tecnologia oferece uma maneira de obter imagens em várias profundidades "sem elementos ópticos adicionais".
Estas capacidades, juntamente com as propriedades multifocais da lente — segundo eles — oferecem uma ferramenta capaz de proporcionar percepção de profundidade em aplicações avançadas de imagem.
“Criar um vórtice óptico geralmente requer vários componentes ópticos. Nossa lente, porém, incorpora os elementos necessários para formar um vórtice óptico diretamente em sua superfície", afirmam.
Para que as lentes espirais servem?
Os cientistas franceses reiteram que as lentes espirais podem ajudar potenciais usuários de implantes ou pessoas com hipermetropia relacionada à idade, e poderia "fornecer uma visão consistentemente clara". Eles defendem que a tecnologia tem potencial para trazer transformações na oftalmologia, de modo geral.
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