Tinder é processado sob acusação de ser viciante de propósito
Bruno De Blasi
Tinder é processado sob acusação de ser viciante de propósito

A Match Group, dona dos apps de relacionamento Tinder , Hinge e The League, entre outros, foi processada com a acusação de que as plataformas são propositalmente viciantes para aumentar o lucro da empresa

O processo foi aberto nesta quarta-feira (14), em pleno Dia dos Namorados nos Estados Unidos, por seis pessoas de Califórnia, Flórida e Nova York, e aponta que a empresa viola leis de proteção ao consumidor e de publicidade falsa.

“Apps são projetados para serem viciantes”

Na ação submetida a um tribunal distrital dos Estados Unidos, os autores sustentam que a “conveniência” das plataformas “tem um preço”. Para eles, a empresa utiliza “tecnologias poderosas e algoritmos ocultos” para tornar o uso dos aplicativos compulsivo.

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Todo esse esforço teria como objetivo prender os usuários a “um ciclo perpétuo de pagamento para usar os serviços que prioriza os lucros corporativos em detrimento de suas promessas de marketing e objetivos de relacionamento com os clientes”.

Diante disso, os autores observam que os “apps são projetados para serem viciantes” pois o modelo de negócios da empresa dependeria da monopolização da atenção dos usuários para oferecer assinaturas.

A acusação também é sustentada pelo argumento de que a Match Group emprega recursos de manipulação de dopamina para gamificar as plataformas. Assim, os usuários seriam transformados em “jogadores presos em uma busca por recompensas psicológicas” ilusórias.

“A Match Group continua a distribuir as plataformas sem revelar o uso prejudicial e viciante e os riscos à saúde para os quais a empresa de fato projetou as plataformas, e dos quais depende seu modelo de negócios”, concluíram os autores ao resumir “o motivo e o esquema ilegal” da companhia.

Dona do Tinder critica processo

À rádio NPR, a Match Group criticou o processo, que foca no Tinder, Hinge e The League, e sugeriu que os acusadores não compreendem o propósito dos apps.

"Nosso modelo de negócios não é baseado em métricas de publicidade ou engajamento”, disse o porta-voz da empresa. “Nós nos esforçamos ativamente para levar as pessoas a encontros todos os dias e fora de nossos aplicativos. Qualquer pessoa que afirme qualquer outra coisa não entende o propósito e a missão de toda a nossa indústria.”

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