Testes de QI funcionam mesmo?
Nathan Vieira
Testes de QI funcionam mesmo?

Medir a inteligência de uma pessoa pode parecer (e na verdade é) uma tarefa muito difícil. Para chegar a um sistema mais concreto possível de identificar a capacidade cerebral de alguém, os cientistas criaram os testes de QI, avaliações padronizadas que abordam várias áreas cognitivas, como habilidades verbais, matemáticas, visuais e de raciocínio lógico. Mas será que eles realmente funcionam?

Lembre-se que um verdadeiro teste de QI precisa ter uma avaliação estruturada, pesquisada e clínica, com respaldo psicológico e realizada por profissional capacitado.

O que é QI?

O QI significa quociente de inteligência, e é uma medida da capacidade de raciocínio de uma pessoa. O objetivo dos testes de QI é avaliar quão bem alguém pode usar informações e lógica para responder perguntas ou fazer previsões.

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A maioria das pessoas tem capacidade de aprender independentemente da pontuação do seu quociente de inteligência. No entanto, alguns são simplesmente capazes de aprender mais rapidamente, ou com mais facilidade do que outros.

Como surgiram os testes de QI?

Os testes de QI surgiram na França, em 1905. O governo francês contratou os psicólogos Alfred Binet e Theodore Simon para o desenvolvimento de um método que pudesse identificar as crianças que precisavam de assistência extra em seus estudos.

Em 1916, Lewis Terman, um psicólogo americano, adaptou e expandiu o teste, criando a Escala de Inteligência Stanford-Binet. Com isso, a versão do teste foi aprimorada e amplamente utilizada em vários países.

Ao longo das décadas seguintes, outros testes de inteligência foram desenvolvidos, incluindo o Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS) e o Wechsler Intelligence Scale for Children (WISC), ambos criados por David Wechsler.

Com o passar dos anos, os testes de QI se tornaram cada vez mais populares na sociedade, sendo utilizados em uma variedade de contextos, desde educação até seleção de funcionários. No entanto, eles também foram alvo de críticas.

As polêmicas dos testes de QI

Esses testes não escapam das críticas e das polêmicas, e ainda contam com um passado bem controverso, já que em tempos de intolerância, em países como os EUA, serviram como base para afirmações racistas — de que negros, eram menos inteligentes, por exemplo.

Isso porque, na ocasião, não levavam em conta fatores ambientais ou que muitos dos participantes dos testes eram imigrantes e não falavam inglês como primeira língua. Foi uma ideia errônea que perdurou bastante pelo século XX.

Testes de QI realmente funcionam?

De acordo com um artigo publicado na revista Intelligence , a as pessoas com QI mais elevado tendem a ter um melhor desempenho acadêmico, e estão suscetíveis a carreiras mais bem-sucedidas.

Mas mesmo que os resultados sejam precisos, o quociente de inteligência só mede o potencial de uma pessoa conforme determinado por aquele teste específico, naquele dia específico e naquele momento específico.

Um relatório promovido pela American Psychological Association relembra, no entanto, que muitas manifestações de capacidade cerebral podem não ser contabilizadas nesses testes, como criatividade ou inteligência emocional.

De maneira geral, a ideia é que os testes de QI devem ser utilizados para ajudar alguém no caminho do sucesso, e não para desmotivar. Além disso, devem ser feitos sob acompanhamento profissional. Se você pretende investigar mais a fundo sua inteligência, o ideal é consultar um neuropsicólogo. O teste de QI é uma de várias ferramentas utilizadas no processo.

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