Fiat confirma fim do Fire, motor mais antigo do Brasil
Paulo Amaral
Fiat confirma fim do Fire, motor mais antigo do Brasil

A família de motores Fire foi introduzida pela Fiat em seus carros há quase 40 anos, no Autobianchi Y10, mas, no Brasil, chegou mais tarde, em 1985. Desde então, virou o “sobrenome” de modelos como o Palio, o Uno Mille e até da Strada , caminhonete mais vendida do país .

Agora, depois de uma longa caminhada, o motor mais antigo do Brasil está perto da aposentadoria. A “culpa” pelo fim da linha dos motores Fire é da legislação, mais precisamente das novas regras do Proconve L8, que entrarão em vigor em 2025.

As leis sobre o controle de poluentes ficarão mais rígidas no Brasil e, como já aconteceu às vésperas da aplicação do Proconve L7 no Brasil, obrigarão as montadoras a adaptarem suas linhas para se adequar aos novos padrões.

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Como a adaptação do motor Fire exigiria um investimento muito alto, o propulsor, criado para ser o primeiro utilizado em uma linha de montagem robotizada, vai ser aposentado pela Fiat. O Fire foi desenvolvido para aumentar a escala produtiva e, ao mesmo tempo, reduzir custos. E foi um sucesso.

Para quem não sabe, aliás, é daí que vem o nome Fire, e não da tradução da palavra que, em inglês, significa “fogo”. Fire, na verdade, é a sigla criada para simplificar o termo Fully Integrated Robotised Engine (Motor de Integração Totalmente Robotizada, na tradução para o português).

Quando o motor Fire estreou no Brasil?

O motor Fire foi lançado na Europa em 1985, mas, no Brasil, estreou apenas no comecinho do ano 2000, na família Palio, tanto no hatch quanto no sedan (Siena) e na station wagon (Weekend).

O propulsor que está em vias de extinção passou por várias mudanças ao longo dos anos, tornando-se flex em 2023, trocando o cabeçote de 16V pelo de 8V e até ganhando um outro sobrenome — Evo —, para ilustrar uma nova evolução.

O motor mais antigo do Brasil chegou a passar por adequações para atender às exigências do Proconve L7 em 2022, mas começou a perder espaço para a nova família da Stellantis, a Firefly, hoje usada no Argo , no Cronos e no Pulse .

O Fire, atualmente, equipa a versão 1.0 do Mobi e a 1.4 da Fiorino, mas, quando se aposentar, também será substituído pelo Firefly. Será que vai deixar saudades? Comente conosco em nossas redes sociais.

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