8 mulheres laureadas com prêmio Nobel na área da saúde
Augusto Dala Costa
8 mulheres laureadas com prêmio Nobel na área da saúde

De todos os prêmios Nobel já concedidos em seus 129 anos de existência, 64 foram arrebatados por mulheres, que totalizam 65 prêmios (já que Marie Curie levou duas categorias, Química e Física).

Neste Dia da Mulher, separamos 8 das mais destacadas ganhadoras na área da saúde, cujas conquistas continuam melhorando a vida de pacientes por todo o mundo. No caso, foram considerados os prêmios nas áreas de Química e Medicina/Fisiologia.

Katalin Karikó

Cronologicamente falando, a bioquímica húngara Katalin Karikó foi a última ganhadora na área da química, levando o Nobel em 2023 por suas descobertas em relação aos mecanismos mediadores de RNA — isso foi essencial para o desenvolvimento de vacinas de mRNA , incluindo contra a Covid-19, salvando de milhões a bilhões de vidas por todo o planeta .

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Jennifer Doudna

Jennifer A. Doudna Cate é uma bioquímica e bióloga molecular estadunidense, e a ela foi concedido o Nobel de Química em 2020 pelas suas pesquisas em genética e bioquímica, especialmente na edição de genes.

A cientista é pioneira do método CRISPR, que facilitou a manipulação genética consideravelmente, e foi uma das primeiras mulheres a dividir o prêmio com outra mulher — no caso, com a microbiologista e imunologista francesa Emmanuelle Charpentier.

Tu Youyou

Tu Youyou é uma farmacologista e professora chinesa, descobridora da artemisinina, tipo de fármaco também conhecido como qinghaosu. A substância foi utilizada para um inovador tratamento contra a malária, doença muito preocupante nos trópicos. A conquista de Youyou ajudou a salvar milhões de pessoas nas regiões do sul da China, sudeste da Ásia, África e América do Sul.

Pelos avanços, a pesquisadora recebeu o Prêmio Lasker em medicina clínica em 2011 e o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia em 2015, em conjunto com William Cecil Campbell e Satoshi Ōmura.

Elizabeth Blackburn

A australiana-estadunidense Elizabeth Blackburn foi laureada com o Prêmio Nobel em Medicina/Fisiologia em 2009 pela sua contribuição na descoberta da telomerase, em 1984, em conjunto com Carol Gleider e Jack W. Szostak. Até o momento, é a única pessoa nascida na Tasmânia a receber a premiação.

A telomerase é a enzima que preenche os telômeros, nas extremidades dos cromossomos, e pode ser modificada de forma a reverter a atrofia de tecidos corporais.

Françoise Barré-Sinoussi

A virologista francesa Françoise Barré-Sinoussi é a responsável pela descoberta do vírus da imunodeficiência humana em 1983, também conhecido pela sigla HIV , causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).

Pela contribuição importantíssima na área da saúde, ela recebeu o Nobel de Medicina/Fisiologia em 2008.

Barbara McClintock

A citogeneticista estadunidense Barbara McClintock, falecida em 1992 aos 90 anos, recebeu o Nobel de Medicina/Fisiologia em 1983 pela descoberta dos elementos genéticos móveis, causadores do fenômeno de transposição genética (ou transpósons). Isso pode gerar perda da função dos genes ou causar mutações, por exemplo.

Pelo trabalho na área genética ou do DNA , McClintock é considerada uma das três figuras mais importantes de seu campo, ao lado de Gregor Mendel e Thomas Hunt Morgan. Ela também foi pioneira em estudos da recombinação genética e dos telômeros e centrômeros nos cromossomos.

Irène Joliot-Curie

Irène Joliot-Curie, como o nome já indica, foi uma química francesa filha de Marie Curie, e, seguindo os passos da mãe, fez estudos importantes na área e descobriu a radioatividade artificial, ganhando o Nobel de Química pelo feito, em 1935. Com isso, a família Curie se tornou a mais laureada pelo Prêmio até hoje.

A descoberta de Joliot-Curie permitiu à ciência criar materiais radioativos rapidamente e de maneira barata. Casada com Frédéric Joliot-Curie, com quem dividiu a premiação, ela teve dois filhos também cientistas: a física Hélène Langevin-Joliot e o bioquímico Pierre Joliot, ambos ainda vivos. Irène faleceu em 1956, aos 58 anos.

Marie Curie

Mais famosa que a filha, a física e química polonesa naturalizada francesa Marie Skłodowska-Curie foi pioneira nos estudos sobre radioatividade, praticamente dispensando apresentações. Foi a primeira mulher a ser laureada com o Prêmio Nobel e primeira pessoa a recebê-lo duas vezes.

Ela também foi a primeira professora na Universidade de Paris e, em 1995, se tornou a primeira mulher a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris. Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie desenvolveu unidades de radiografia móvel para garantir raios-x a hospitais de campanha. Ela faleceu em 1934, aos 66 anos, por conta de uma anemia aplástica causada por exposição à radiação.

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