Uma nova foto da Lua na fase crescente mostra detalhes impressionantes do nosso satélite natural. O clique foi feito por Guilherme Bellini, membro da equipe do Observatório Observatório de Astronomia "Lionel José Andriatto" da Universidade Estadual Paulista, câmpus de Bauru (SP).
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A imagem mostra com grande nitidez os mares lunares. O nome destas formações vem do latim, e é usado para descrever planícies basálticas escuras na Lua que, no passado, foram confundidas com mares e oceanos de verdade.
Também é possível ver a luz cinérea ao redor do nosso satélite natural. Para entendê-la, é importante lembrar que, apesar de a Lua não emitir luz própria , ela reflete a luz do Sol, a qual é refletida pela Terra e, em seguida, é refletida outra vez pelo lunar não iluminado, formando este brilho próprio.
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Para o registro, Bellini usou um telescópio com abertura de 200 mm e uma câmera. “A grande quantidade de detalhes da imagem em questão deve-se ao fato de os dois, tanto o telescópio como a câmera, serem equipamentos de altíssima qualidade”, explicou, em entrevista ao Canaltech .
Ele acrescenta que a grande abertura do telescópio combinada à alta sensibilidade do sensor da câmera permitem que a imagem final tenha alta nitidez e grande resolução. “Quanto maior a abertura do telescópio, mais definição a imagem apresenta”, disse.
O resultado é uma combinação de 20 painéis de cada parte da Lua, formados por aproximadamente 13 mil fotos. Já a resolução vem da chamada técnica do mosaico: “fazemos várias imagens com bastante ampliação, de cada parte da Lua, e depois juntar todas em um software apropriado, como se fosse um quebra-cabeça”, explicou Guilherme.
Depois, ele trabalhou com o chamado empilhamento de frames. Nesta técnica, são tiradas várias fotos de um só lugar, que são unidas digitalmente com a ajuda de um software apropriado. “Assim, é reduzido o ruído, e aumenta a resolução da imagem”, finalizou.
Dicas para tirar foto da Lua
O satélite natural da Terra encanta a humanidade há tempos e pode render fotos incríveis, como a que você viu acima. Mas, quando o assunto são registros do nosso satélite natural, é importante prestar atenção em alguns detalhes para garantir os melhores resultados — e um deles é a fase lunar .
A Lua estava na fase crescente, que não foi escolhida por acaso para a foto. “As melhores fases para fotografias lunares estão antes ou depois da Lua Cheia”, destaca o membro do Observatório. Ele explica que, nestas fases, as crateras lunares e outras formações ficam mais evidentes do que na Lua cheia, por exemplo.
Outra dica é usar algum instrumento que forneça alguma ampliação — um telescópio pequeno , com 5 cm de diâmetro, já é suficiente para belos registros do nosso satélite natural. “Além disso, também é indispensável que, na hora da captura, a câmera esteja configurada corretamente”, observa Guilherme.
“A importância de fazer registros do nosso satélite natural está em entender melhor como o mesmo se comporta do ponto de vista científico”, finalizou. Além de serem belíssimas, as fotos da Lua nos ajudam a entender melhor nosso satélite natural, seus fenômenos, composição e muito mais.
Leia a matéria no Canaltech .
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