Na última quinta-feira (7), um revelador documentário acerca do incidente do submarino amador Titan , da OceanGate, foi ao ar pelo Channel 5, rede televisiva britânico. No programa, chamado Minute by minute: the Titan sub disaster , pessoas envolvidas no desastre contaram que dois dos cinco tripulantes do submersível Titan tinham, de fato, a noção de que o veículo tinha sérios problemas.
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Um dos passageiros cientes era o próprio CEO da OceanGate, Stockton Rush, e o outro era Paul-Henri Nargeolet, ex-marinheiro francês experiente e especialista no assunto. Os outros tripulantes eram apenas turistas que desembolsaram US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão, na cotação atual) para vislumbrar os destroços do RMS Titanic , navio naufragado no Oceano Atlântico.
Revelações do documentário sobre o Titan
Nenhum dos cinco tripulantes sobreviveu à implosão do submarino , em junho de 2023. O documentário britânico divulgou, de maneira inédita, áudios capturados pela Força Aérea do Canadá quando um de seus aviões sobrevoava o oceano durante as buscas pelo Titan. A aeronave identificou sons emitidos a cada 30 minutos, mas, à época, não se sabia o que representavam. Ouça, aos 0:30 segundos do vídeo:
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Os sons podem ser, segundo especialistas, batidas feitas pelos passageiros nas paredes do submarino, um sinal de alerta que já seria esperado pelas equipes de resgate.
Isso complementa o fato de que pelo menos dois tripulantes eram experientes e sabiam que deveriam sinalizar sua posição para que esforços pudessem ser feitos para sua recuperação, o que não foi possível. Acreditou-se, à época, que os barulhos seriam de outras embarcações ou sons naturais do oceano.
Do Titan, restaram apenas destroços e o que podem ser restos humanos. O material foi encontrado em ruínas submarinas a 500 metros do RMS Titanic e resgatados por robôs operados remotamente (ROVs).
Os dois passageiros já citados foram dados como mortos junto ao empresário Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, ambos paquistaneses, e o também empresário Hamish Harding, do Reino Unido. Não há previsão para a chegada do documentário ao Brasil.
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