Robô-cuidador ajuda paciente a se vestir com dois braços robóticos
Fidel Forato
Robô-cuidador ajuda paciente a se vestir com dois braços robóticos

No Reino Unido, uma equipe de cientistas, engenheiros e programadores desenvolve um novo modelo de robô-cuidador, composto por dois braços robóticos independentes. A proposta é que a máquina ajude pessoas, com capacidade de movimento reduzida, a se vestirem “sozinhas”.

Na demonstração de uso do robô-cuidador, é possível ver que a mão robótica segura uma mão do indivíduo para dar apoio. Em paralelo, a outra mão mecânica “puxa” a manga da camisa para ajustá-la ao corpo, como é possível observar no vídeo:

“Sabemos que tarefas do dia a dia, como se vestir, podem ser realizadas [no futuro] com o apoio de um robô”, afirma Jihong Zhu, roboticista e pesquisador da Universidade de York, em nota. Este é um dos objetivos da tecnologia , em fase de aperfeiçoamento.

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Quando o robô conseguir auxiliar todo o processo de troca de roupa sozinho, os cuidadores de um idoso, por exemplo, poderão focar o seu trabalho em outras demandas do dia, incluindo a organização do quarto, a separação da medicação e a tarefa de companhia.

Ensinando o robô-cuidador

No caso deste robô, um dos pontos mais interessantes é a forma como ele aprende. “Adotamos um método chamado aprendizagem por demonstração, o que significa que não é necessário um especialista para programar um robô, basta um ser humano demonstrar o movimento que é exigido do robô e o robô aprende essa ação”, explica Zhu.

Esse tipo de aprendizagem só é possível a partir de recursos novos e da Inteligência Artificial (IA), mas permitem que a máquina se comporte de forma “mais humana” e menos mecânica.

Desafios para a implementação

Embora o desenvolvimento do robô-cuidador já esteja bastante avançado, é preciso instalar algumas medidas de segurança. “Não é apenas importante garantir que [o robô] execute a tarefa, mas que [a tarefa] possa ser interrompida ou alterada no meio da ação, caso um indivíduo assim o deseje”, destaca Zhu.

Neste caso, o robô precisa saber pelo toque humano que a tarefa deve ser cancelada, sem nenhuma resistência. “A confiança é uma parte significativa deste processo”, lembra o especialista.

Por isso, “o próximo passo nesta investigação é testar as limitações de segurança do robô [em voluntários] e se este será aceito por aqueles que mais precisam dele”, completa. Se tudo correr bem, este pode se tornar um popular robô assistente no mercado .

Uma versão preliminar do estudo descrevendo os avanços na criação de um robô-cuidador viável foi publicada na plataforma arXiv .

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