Os hospitais são ambientes extremamente barulhentos, ainda mais quando se está dentro de uma UTI . Os sons e os alarmes excessivos podem provocar uma espécie de fadiga auditiva, ou seja, dessensibilização por sobrecarga sensorial nos profissionais da saúde. Nesses casos, os bipes deixam de ser ouvidos.
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Sem considerar os pacientes internados, um profissional de saúde pode escutar até mil alertas sonoros por turno. É tanta informação que o cérebro não consegue processar adequadamente. Em consequência disso, os alarmes realmente importantes podem ser confundidos e não são tratados com seriedade.
A seguir, escute o barulho recorrente de um hospital:
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O cansaço auditivo e a “perda” de avisos importantes provocam inúmeras mortes. Nos Estados Unidos, foram notificadas 566 mortes entre 2005 e 2010, segundo a agência Food and Drug Administration (FDA). Em média, são mais de 100 mortes por ano.
Quais sons são importantes?
Na Alemanha, pesquisadores da Universidade Técnica de Dortmund investigaram quais sons e alarmes hospitalares são realmente importantes. Em estudo publicado na revista Critical Care Medicine , os autores revelam que apenas 15% deles são essenciais e clinicamente relevantes.
Por outro lado, cerca de 70% dos avisos sonoros estavam diretamente relacionados com oscilações nas condições de saúde dos pacientes, dentro dos padrões de segurança. Nesses casos, nenhuma conduta adicional precisaria ser tomada. Então, é possível reduzir parcialmente esses barulhos irritantes.
Novos sons para o hospital
Em paralelo, cientistas da Universidade Vanderbilt, nos EUA, e da Universidade McGill, no Canadá, querem tornar os avisos sonoros do hospital menos robotizados. A ideia é que os tradicionais bipes sejam substituídos por alertas musicais, como o som de um xilofone.
Confira um possível exemplo do som que pode ser usado como aviso sonoro em um hospital:
Para entender se sons mais agradáveis podem ser usados num ambiente hospitalar, os pesquisadores recrutaram 42 voluntários saudáveis, com idades entre 17 e 23 anos. Estes jovens foram expostos a 6 sons diferentes, incluindo bipes tradicionais e alertas musicais inspirados no som do xilofone.
"Os participantes recordaram melodias de alarme do xilofone com precisão comparável ao timbre padrão, mas acharam o timbre musical substancialmente menos irritante", afirma os autores, em artigo publicado na revista Perioperative Care and Operating Room Management .
O próximo passo é levar essas descobertas para o ambiente hospitalar, buscando tornar a experiência de internação mais agradável. No futuro, ir para a UTI pode parecer, musicalmente, algo mais próximo de concerto sinfônico do que um campo de guerra. Isso fará bem para os pacientes e para os funcionários.
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