Asteroide Bennu tem mineral raro e aminoácido glicina
Danielle Cassita
Asteroide Bennu tem mineral raro e aminoácido glicina

O asteroide Bennu não para de surpreender pesquisadores. Em uma análise liderada por Jessica Barnes, professora assistente no Laboratório Lunar e Planetário (LPL), cientistas descobriram que a rocha espacial tem uma reserva surpreendente do mineral fosfato de magnésio.

O mineral ocorre na forma de partículas brancas e é pouco comum em rochas espaciais. “Não é surpresa que pensamos inicialmente que isso poderia ser um contaminante”, disse ela durante a Conferência de Ciências Lunares e Planetárias (LPSC).

Segundo a autora, “não há bons análogos químicos do mineral na Terra, ou porque é frágil demais para sobreviver à queda ou porque desaparece pouco tempo depois”. Por isso, a presença do composto na superfície do Bennu pode ser usada para os cientistas desvendarem diferentes etapas da atividade geológica do objeto que o originou.

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O fosfato de magnésio não foi a única surpresa nas amostras. Elas apresentaram também grande quantidade de glicina, o aminoácido mais simples que é também ingrediente essencial das proteínas.

Ainda, as amostras do Bennu contêm outros minerais com água na composição, como carbonato e olivinas. Eles são evidências importantes de que, antes de formar o Bennu, o objeto-pai dele passou por diferentes eventos relacionados à água.

As amostras do asteroide foram coletadas em 2020 pela missão OSIRIS-REx, e chegaram à Terra em dezembro de 2023. Após liberar a cápsula com o material, a sonda seguiu em sua missão estendida, viajando rumo ao asteroide Apophis.

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