O céu não é o limite! | Erupções solares, Cometa do Diabo, Bennu e
Daniele Cavalcante
O céu não é o limite! | Erupções solares, Cometa do Diabo, Bennu e

Nos últimos dias o Sol se tornou bastante ativo, liberando erupções tão fortes que causaram apagões de rádio em nosso planeta. Enquanto isso, o 12P/Pons-Brooks, conhecido como "Cometa do Diabo", se aproxima do Sol e está prestes a se tornar visível.

Confira essas e outras notícias que foram destaque na última semana.

As erupções solares

Nas vésperas do equinócio de Outono, o Sol emitiu um flash de raios X de classe M6.7 (médio) na região ativa AR3615 e causou apagões de rádio, enquanto outras erupções mais fracas ocorriam em outras partes da nossa estrela. Também chamou a atenção uma explosão solar que lançou um arco de plasma medindo 40 vezes o tamanho da Terra .

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A explosão gigantesca, que vemos no vídeo acima, atingiu Mercúrio em cheio e pode ter causado auroras de raios X por lá. Por fim, houve uma erupção de filamento magnético solar, um outro tipo de evento que também causa explosões na atmosfera de estrela.

A aproximação do cometa 12P/Pons-Brooks

Cada vez mais perto do Sol, o cometa 12P/Pons-Brooks vai ser visível para moradores em algumas regiões do Brasil. No entanto, o objeto dificilmente vai ser visível a olho nu e deve ser observado com a ajuda de binóculos.

A partir do final de março e início de abril, o cometa passa a ser visível aos moradores das regiões Norte e Nordeste, mas vai estar bem próximo do horizonte oeste, dificultando a observação. Por outro lado, pode ser que ele sofra explosões e se torne consideravelmente mais brilhante.

O mineral raro do asteroide Bennu

Cientistas descobriram fosfato de magnésio , composto incomum em rochas espaciais, nas amostras coletadas do asteroide Bennu. Isso pode ajudar a entender a atividade geológica e as origens do Bennu.

Esse material não é encontrado em meteoritos coletados na Terra, talvez por ser frágil demais para sobreviver à queda, ou porque desaparece pouco tempo depois. Também foi encontrada glicina, aminoácido que é um ingrediente essencial das proteínas.

As estrelas que mudaram a órbita da Terra

Estrelas vizinhas que ocasionalmente passam perto do Sol causaram perturbações gravitacionais, afetando significativamente a órbita da Terra. Um novo estudo mostrou que desconsiderar esse fato pode afetar o estudo da história orbital terrestre e, consequentemente, as pesquisas sobre o passado climático de nosso planta.

O autores do estudo calcularam que uma dessas passagens de estrelas vizinhas encurtaria o "horizonte de tempo" em 5 a 7 milhões de anos, ou de 7% a 10%. Isso significa que o tempo que os cientistas podem "retroceder" no passado orbital da Terra é menor do que se pensava.

A 1ª detecção do "caçador" de asteroides

Um instrumento de observação do projeto Test-Bed Telescope da Agência Espacial Europeia (ESA) detectou seu primeiro asteroide , chamado 2024 EL4. O projeto visa desenvolver uma rede de telescópios para monitorar as rochas espaciais próximas da Terra.

A detecção foi feita durante os testes iniciais do segundo instrumento de observação do projeto Test-Bed. A ESA informou que o asteroide não oferece riscos de impacto com a Terra nos próximos 100 anos.

As bolhas na estrela Betelgeuse

Parece que a estrela Betelgeuse tem bolhas de convecção gigantescas , que poderiam explicar seu comportamento estranho. Uma simulação mostrou que metade da estrela parece se aproximar da Terra, enquanto a outra parece se afastar, sugerindo que ela seria semelhante a um aglomerado de bolhas em ebulição.

Isso significa que quando uma bolha de plasma quente sobe até a superfície da estrela, as imagens do telescópio dão a impressão de que o material está se aproximando da Terra; enquanto isso, as bolhas mais frias que já estavam na superfície afundam, parecendo se afastar.

Os planetas devorados por suas estrelas

Cerca de 8% das estrelas gêmeas estudadas em uma nova pesquisa apresentaram diferenças em sua composição química , apesar de terem nascido da mesma nuvem molecular. Segundo os autores, isso pode ser um sinal de que elas teriam "devorado" planetas em suas órbitas, alterando suas composições.

O que realmente intrigou os cientistas é que essas estrelas estão longe de se tornarem gigantes vermelhas, que é a fase na qual os astrônomos assumem que estrelas começem a engolir os planetas. Ainda não se sabe ao certo por que esses mundos teriam sido devorados tão cedo.

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