O polonês Janusz Świtaj vive há exatos 30 anos e 320 dias conectado a algum mecanismo de ventilação mecânica, o que o fez entrar para o Livro dos Recordes. Segundo o Guinness World Records, o paciente bateu o recorde de “vida mais longa num ventilador”, na última semana.
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A ventilação mecânica é uma forma de garantir que pessoas com insuficiência respiratória, como Janusz Świtaj, consigam respirar com a ajuda de aparelhos, entregando de forma aprimorado o oxigênio. A forma mais clássica desse tipo de suporte é o ventilador mecânico, bastante comum em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde tubos são inseridos na traqueia do paciente — este suporte foi muito usado na pandemia da covid-19 .
Durante a sua vida, o homem polonês já precisou desse tipo de ventilação mecânica mais intensiva. Entretanto, com o passar dos anos e muita fisioterapia, ele recuperou parcialmente a sua capacidade respiratória. Como não necessita mais do apoio completo, usa uma máscara ajustada sobre o nariz. Todo o equipamento portátil fica "escondido" em sua cadeira de rodas motorizada.
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Uma vida respirando por aparelhos
A história de Świtaj com a ventilação mecânica começa, em 1993, quando ele tinha 17 anos e sofreu um acidente de trânsito — um caminhão colidiu com a moto que dirigia, na Polônia.
O acidente esmagou a sua medula, fazendo com que perdesse o controle de seus membros e causando insuficiência respiratória. No total, foram seis anos internado até que pudesse continuar o processo de recuperação em casa, sempre acompanhado de um suporte para ventilação mecânica.
Em 2007, Świtaj ficou mundialmente conhecido e gerou intensos debates após solicitar a sua eutanásia, aos 31 anos. "Lembro-me de não ver mais perspectivas para mim [e para minha vida] naquela época", comenta o polonês para o Guinness. Após receber uma onda de apoio, vindas de diferentes setores, desistiu da ideia.
Presente de Janusz Świtaj
Apesar das dificuldades, ao longo da vida com a ventilação mecânica, Świtaj aprendeu a controlar um cursor com o apoio da boca, escreveu a sua autobiografia e estudou psicologia na Universidade da Silésia em Katowice. Além de trabalhar, hoje, ele também cursa uma pós-graduação.
Em paralelo, realiza um grande sonho que é viajar, ao lado do seu cuidador e de seu equipamento. Eles já foram para cidades próximas, como Gdańsk, e conheceram o mar Báltico. Além disso, subiram o pico de Kasprowy Wierch.
A seguir, veja Gdańsk em suas viagens:
Pole Janusz Switaj set a world record by living with a ventilator for more than 30 years
— NEXTA (@nexta_tv) March 25, 2024
Despite his serious condition, Switaj, accompanied by his guardian, travels around Poland, attends graduate school, and does fundraising and marketing for a charitable foundation. pic.twitter.com/tvpDfe5FBO
Vale lembrar que, por causas diferentes, o estadunidense Paul Alexander, também conhecido como homem do pulmão de aço, viveu mais de 70 anos com o robusto equipamento que dava suporte respiratório . Hoje, Martha Lillard é a última pessoa do mundo a viver com equipamento deste tipo.
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