Review Kodak Mini Shot 3 | Câmera retrô com impressora para celular
Felipe Junqueira
Review Kodak Mini Shot 3 | Câmera retrô com impressora para celular

A Kodak retornou ao Brasil e trouxe a Mini Shot 3, câmera que une o digital e o analógico. Com ela, você pode voltar a imprimir suas fotos, tanto as feitas com a própria câmera quanto aquelas clicadas com seu smartphone. Nesta análise, você entenderá melhor como é o dispositivo e se ele entrega o que promete.

Prós

  • Conexão rápida
  • Impressão de boa qualidade

Contras

  • Tela muito pequena
  • Não salva as fotos digitalmente
  • Não tem aviso de poses restantes

Design e tela

A câmera Mini Shot 3 tem um visual retrô, que deve lembrar aos mais jovens o ícone do Instagram . A diferença é que o dispositivo é retangular. Mas a ideia é a mesma: uma faixa branca ou amarela acima, e uma preta abaixo, sendo esta segunda bem maior.

Ainda na parte frontal, há um círculo no centro, onde fica a lente fotográfica e um espelho para as selfies. E um flash LED à esquerda, além da marca Kodak à direita. Na parte inferior, o código do modelo C300R.

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Atrás, você encontra um pequeno visor LCD de 1,77 polegada. Abaixo dele, um painel de controle físico com cinco botões: menu, imprimir, OK e setas para os lados.

É neste display que você vê como a foto ficará, escolhe se quer imprimir ou descartá-la e faz algumas configurações. Não há muitas opções, mas falo mais sobre isso em breve.

Na lateral esquerda fica a saída do papel de impressão, que você deve ter cuidado para não bloquear durante o processo. Na parte superior estão os botões para ligar a câmera e tirar as fotos. Na direita, um botão para resetar e o micro USB de carregamento.

Experiência

A ideia da Mini Shot 3 é oferecer aparência de câmera fotográfica com experiência retrô. Até aí tudo bem, mas faltam alguns elementos cruciais nesta equação para um dispositivo ter o mínimo de atrativos em pleno 2024.

Por exemplo, você não pode editar as fotos tiradas com a própria câmera da Kodak. É clicar, olhar como ficou no pequeno visor e imprimir de uma a cinco cópias ou descartar.

Ao desligar a câmera ou tirar outra foto, o clique se perde, a menos que esteja impresso. No máximo, você pode aplicar alguns poucos filtros nas imagens antes da impressão e escolher se quer bordas ou não em volta da foto.

Outro ponto é a ausência total de uma contagem ou um aviso de poses restantes. Você só sabe que o cartucho chegou ao final quando tenta imprimir uma foto e a câmera avisa que não tem papel. E nisso pode perder um clique, inclusive — como me aconteceu.

"Apesar de não salvar as fotos tiradas digitalmente, a Mini Shot 3 permite que você imprima fotos tiradas com o seu celular, ou até mesmo imagens salvas da internet. O formato é de 3 x 3 polegadas, o que dá cerca de 76 x 76 mm."

— Felipe Junqueira

Qualidade das fotos e impressão

O sensor de 10 MP da Mini Shot já é um pouco defasado e não tem uma boa qualidade. Como a câmera não salva as imagens digitalmente, não dá para avaliar em uma tela, apenas a versão impressa. E aí usamos fotos tiradas com celulares e impressas para comparar.

A impressão é feita com um processo chamado dye sublimation . Ele usa o calor para ativar as cores amarelo, ciano e magenta no papel fotográfico. Por fim, a câmera aplica uma camada fina de plástico que protege a impressão e evita que ela perca a cor por muitos anos.

Um ponto que me decepcionou foi que a câmera imprimiu uma foto um pouco diferente do meu gato do que mostrava na tela. Ele se mexeu na hora do clique, mas o visor mostrou a imagem dele parado. Na hora que saiu a impressão, saiu ele já se mexendo, ou seja, a foto não saiu como eu esperava.

"As fotos tiradas com celulares têm qualidade sempre melhor do que as tiradas com a própria câmera da Kodak. Aliás, a qualidade da impressão em si é incrível, mas vai depender da densidade de pixels da foto e da qualidade geral. Consegui impressões ótimas com fotos tiradas com um topo de linha."

— Felipe Junqueira

Bateria e carregamento

Segundo a própria Kodak, a Mini Shot 3 tem bateria para até 20 impressões. Eu tirei fotos, enviei outras do celular para imprimir, e até o Ivo Meneghel, fotógrafo do Canaltech, imprimiu algumas imagens.

Foram com certeza mais de 20 impressões, e a câmera ainda ficou com 20% de carga. Dentro do esperado, portanto. A recarga demora cerca de uma hora e meia, segundo a fabricante.

Curiosamente, não é um tempo ruim, já que o conector ainda é micro USB, que tem velocidade bem inferior a um USB-C. Falando nisso, para um dispositivo lançado em 2024, não ter plugue USB-C é uma falha considerável.

Concorrentes diretos

A Fujifilm tem dois modelos de câmeras instantâneas híbridas digital e analógica. A Instax Mini Liplay vem com 20 papéis de impressão por R$ 1.150 na loja oficial da marca. Ela é mais parecida com a Kodak Mini Shot 3 em funções, mas tem tela maior. E também salva imagens na memória interna e em um cartão de memória.

Já a Instax Mini Evo é bem mais completa, com funções como filtros, ajustes de exposição e gravação de até 45 imagens. E uma tela bem maior que as outras duas. E estará disponível em breve por R$ 1.400, sem papéis de impressão no kit.

A Mini Shot 3 vale a pena?

A meu ver, a Kodak Mini Shot 3 vale mais a pena como impressora do que como câmera para fotos impressas. As fotos enviadas do seu celular ficam com uma qualidade bacana, a impressão é rápida e não precisa esperar secar ou a química fazer efeito.

Mas, para ter uma impressora de fotos, existem várias opções no mercado bem mais em conta. Ainda são dispositivos menores e que servem unicamente para receber os dados de um celular e imprimir. Ou você pode partir para uma opção da Instax, apesar de ser um tipo de impressão diferente.

Leia a matéria no Canaltech .

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