Novo método testa medicamentos com mais rapidez e facilidade
Nathan Vieira
Novo método testa medicamentos com mais rapidez e facilidade

Um relatório publicado na Nature Chemistry apresentou um método mais simples e fácil para testar medicamentos em desenvolvimento. Normalmente, os testes buscam garantir que as moléculas cheguem às áreas apropriadas do corpo, e a nova técnica reduz esse processo a uma única etapa.

Para ver se as moléculas atingem determinadas partes do corpo, os cientistas costumam acrescentar um átomo radioativo (como carbono-14) ao medicamento, rastreando assim o movimento através do corpo. Mas é um processo complicado e que exige várias etapas.

Com o objetivo de transformar a técnica a ponto de incorporar o carbono-14 nos candidatos a medicamentos em uma única etapa, os pesquisadores da McGill University usaram um catalizador e trocaram um carbono já presente no medicamento por um carbono-14.

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“A pesquisa substitui o que pode ser um processo demorado, perigoso e caro, por um processo simples e seguro que requer apenas algumas horas”, dizem os cientistas que trabalharam no projeto.

Simplicidade e menos custo

Os pesquisadores acrescentam que, justamente por ser muito mais simplificada, a abordagem poderia ajudar a acelerar a etapa no processo de desenvolvimento de medicamentos e torná-lo menos perigoso.

Isso porque, conforme afirmam os autores, "é necessário investigar a distribuição e o destino de um medicamento no corpo para que qualquer candidato farmacêutico seja aprovado”.

O comunicado da McGill explica que o processo envolve o átomo de carbono-14 fornecido sob a forma de monóxido de carbono radioativo ou gases de dióxido de carbono, que são "ambos muito difíceis e perigosos de trabalhar".

A universidade ressalta que esse "gás é então incorporado na síntese do medicamento que está sendo testado, tornando um de seus átomos de carbono o carbono-14".

No que diz respeito a desenvolver remédios novos , é um processo muito caro. Para se ter uma noção, as estimativas envolvem um crescimento de cerca de 3% por ano nos custos, levando a indústria farmacêutica a gastar R$ 970 bilhões até 2024.

Com esse problema em mente, podemos observar que essa ideia de simplificar os processos pode não só agilizar os testes de medicamentos, mas também reduzir os custos de sua produção.

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