Nos Estados Unidos, engenheiros da Universidade de Utah trabalham no desenvolvimento de um novo tipo de bateria apelidada de célula piroeletroquímica (PEC). De forma bastante inusitada, a fonte de energia nunca precisa ser recarregada, já que produz a própria energia elétrica conforme ocorrem mudanças de temperatura no ambiente externo.
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É um “dispositivo integrado que pode coletar energia térmica ambiente e convertê-la diretamente em energia eletroquímica, armazenada na forma de um supercapacitor ou bateria, com aplicações no campo da Internet das Coisas [ IoT ] e sensores distribuídos”, descreve Roseanne Warren, uma das cientistas responsável pela nova bateria, em nota sobre o invento.
Como a bateria é carregada?
Em fase de desenvolvimento, a bateria é carregada pela mudança de temperatura no ambiente circundante em que está inserida. De forma mais detalhada, a mudança de temperatura cria um campo elétrico dentro da célula, o que empurra os íons e permite que a célula armazene energia.
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A seguir, veja o protótipo da bateria que produz energia através das variações da temperatura ambiente:
Por enquanto, esse sistema consegueria, de forma estimada, produzir até 100 microjoules por centímetro quadrado, a partir de um único ciclo de aquecimento ou de resfriamento. Isso é quase nada de energia, mas, segundo os engenheiros, é o suficiente para manter a operação de alguns dispositivos conectados à IoT, que não podem ser facilmente recarregados.
Pensando em um exemplo prático, a queda da temperatura, conforme a noite vai adentrando, poderia ser o suficiente para garantir uma nova dose de energia a essa bateria e manter um sensor agrícola funcionando.
Bateria e mudanças de temperatura
“Estamos falando de níveis muito baixos de captação de energia, mas a capacidade de ter sensores que podem ser distribuídos e não precisam ser recarregados no campo é a principal vantagem”, reforça a engenheira Warren.
No entanto, não há planos de utilizar essa forma de energia para manter a operação de um smartwatch ou mesmo telefone celular. Isso porque eles têm um display e transmitem muitos dados simultaneamente, o que é bem diferente de um “simples” sensor, que fornece informações pontuais, sem uma tela.
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