Crânio de pliossauro bate recorde de fóssil mais completo
Augusto Dala Costa
Crânio de pliossauro bate recorde de fóssil mais completo

Em 2023, paleontólogos de todo o mundo se surpreenderam com o achado do fóssil de um pliossauro de 150 milhões de anos enterrado em uma encosta da praia de Dorset, no Reino Unido. A localização curiosa e difícil extração já foram impressionantes, mas, agora, o chamado SeaRex entrou para o Guinness, o Livro dos Recordes , por ter o crânio mais completo já achado da espécie.

Em área de superfície, o crânio do réptil marinho está 95% completo, preservando quase todos os ossos originais. São 130 dentes entrelaçados e bastante pontudos, constituindo uma mordida mais forte que a de um tiranossauro , rendendo o apelido de SeaRex (rei dos mares, em tradução livre).

O crânio foi notado por um paleontólogo amador chamado Phil Jacobs enquanto andava pela praia, o que levou ao estudo da falésia e encontro do fóssil com um scan completo da geografia local. A estrutura do pliossauro tem 2 metros de comprimento e sua recuperação foi relatada no documentário da BBC Attenborough And The Giant Sea Monster (Attenborough e a Besta Marinha Gigante, em tradução livre).

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O fóssil de bilhões

Em comunicado enviado ao site IFLScience , o próprio Sir David Attenborough, comunicador científico e figura importante na conscientização ecológica e protagonista de inúmeros documentários , comentou surpresa com o tamanho do crânio ao vê-lo pessoalmente. Segundo ele, é a parte mais informativa do corpo do animal, mas também a mais delicada.

O produtor executivo do documentário sobre o pliossauro e seu encontro, disse ser “ um fóssil em um bilhão ”. Ele está agora em exibição na Coleção Etches, em Dorset, e a organização busca doações para voltar ao trabalho na encosta, já que acredita-se haver mais partes do corpo do animal enterradas no local.

Quando da escavação, os cientistas recuperaram parte da escápula do réptil marinho, bem como alguns dedos da nadadeira e algumas vértebras, embutidas nos restos da cabeça. Era possível ver mais alguns ossos no fundo da escavação, levando à crença de que todo o resto do corpo possa estar fossilizado no local. Você pode contribuir através da página do projeto no site de financiamento coletivo JustGiving .

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