A procura por um carro elétrico tem aumentado no Brasil por uma série de fatores, que vão desde o preço dos combustíveis à imensa variedade de novas marcas e modelos à disposição do consumidor.
A preocupação com o meio-ambiente também tem pesado na decisão de alguns em migrar para carros com zero emissão de poluentes, mas algumas dúvidas seguem martelando na cabeça de quem pensa em abandonar os carros a combustão .
Além de aprender a calcular qual o gasto para carregar um carro elétrico e o quanto dura uma bateria de um veículo com esse propulsor , muitos ainda se perguntam como funciona a garantia de um carro elétrico. E é isso que vamos explicar agora.
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A maioria das fabricantes oferece garantia de até 8 anos para o sistema de baterias , mas há algumas particularidades em torno do assunto que não são tão comentadas. Por isso, é bom ficar ligado para não ter surpresas com a falta de cobertura, combinado?
Garantia das baterias tem “pegadinhas”
Vamos começar a falar sobre como funciona a garantia de um carro elétrico pelo ponto que causa maior preocupação, tanto em quem já tem um quanto quem pensa em migrar para o segmento de veículos verdes: a garantia das baterias .
Apesar de as marcas divulgarem que as baterias têm até 8 anos de garantia (que é menor no caso de uso comercial, como por motoristas de aplicativo), há pontos que invalidam o contrato, mas não são tão conhecidos assim.
Para não perder a longa cobertura oferecida por boa parte das fabricantes de carros elétricos ao sistema de baterias, algumas condições precisam ser cumpridas à risca. Caso contrário, os custos dos eventuais reparos ficarão por conta do proprietário.
As recomendações das fabricantes de carros elétricos não são todas iguais, mas algumas acabam adotando procedimentos padrões para assegurar o direito à garantia para os proprietários.
O que não pode fazer com o carro elétrico?
Confira abaixo o que alguns fabricantes descrevem nos manuais sobre como funciona e o que invalida a garantia dos carros elétricos e do sistema de baterias propriamente dito. A exigência mais importante é a mais simples: não mexer nas baterias em oficinas que não sejam credenciadas pela marca. Além delas, vale destacar:
- Proibido rebocar : Essa regra não é explícita para todas as marcas, mas Peugeot e BYD especificam, em contrato, que seus carros não podem ser usados para rebocar o que quer que seja;
- Recarga periódica : BYD e Peugeot também especificam no manual de seus carros elétricos que a garantia perde a validade caso o veículo fique parado por 3 meses sem receber ao menos uma carga completa durante esse período de inatividade;
- Percentual da bateria : Mais uma regra da BYD sobre a bateria. Segundo a empresa chinesa, se o carro ficar 14 dias sem uso com o percentual da bateria em 5% ou menos, a garantia será invalidada;
- Cuidado com as lavagens : Um ato simples de cuidado com o carro pode causar dores de cabeça se você for proprietário de um elétrico. Marcas como a JAC e a Volvo deixam claro que o uso de mangueiras de pressão com potência superior a 80 bar, ou usadas a menos de 30 cm do bocal de carregamento podem causar danos e invalidar a garantia. Fique atento.
- Sombra e água fresca : Outro ponto que merece atenção diz respeito ao calor. Como já mostramos por aqui, as altas temperaturas podem ser prejudiciais às baterias dos carros elétricos. Por isso, algumas marcas anulam a garantia se o carro for deixado por mais de 24 horas em locais em que o termômetro apontar mais de 55ºC.
Mais sobre a garantia dos elétricos
Além do sistema de baterias, há outros pontos englobados na garantia de fábrica oferecida na compra de um carro elétrico. A exemplo do que ocorre com os veículos a combustão, itens de desgaste natural, como discos de freio, pastilhas e pneus não são cobertos pelas montadoras.
Os itens cobertos por contrato, como os motores, exigem uma regrinha bem simples para não caracterizar quebra de contrato: executar as revisões periódicas no tempo certo, conforme o manual, apenas nas autorizadas da marca.
Leia a matéria no Canaltech .
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