Tietasaura do agreste | Nova espécie de dinossauro é descrita na Bahia
Augusto Dala Costa
Tietasaura do agreste | Nova espécie de dinossauro é descrita na Bahia

Um novo dinossauro brasileiro foi encontrado e descrito na Bahia, recebendo um nome bastante curioso — Tietasaura derbyiana — pelos cientistas responsáveis, vindos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A espécie consiste de um pequeno herbívoro que viveu no Recôncavo Baiano, cujos restos foram achados na praia da Plataforma, na capital Salvador.

O trabalho foi coordenado por Valéria Gallo e Kamila Bandeira, pesquisadoras do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (Ibrag) da UERJ, e se baseou em fósseis desenterrados ainda entre 1859 e 1906, que foram reanalisados pela equipe. Considerados perdidos, os restos foram achados no Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido.

De acordo com a UERJ, os artefatos representam os primeiros ossos fossilizados de dinossauro encontrados em toda a América do Sul . Reavaliá-los revela informações importantes sobre a fauna pré-histórica da região.

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Tietasaura do agreste

A T. derbyiana representa o primeiro animal do grupo onitísquio no Brasil, ou seja, dinossauros herbívoros com um focinho em forma de bico e pelve que lembra a de uma ave, animal que descende dos grandes répteis do passado. Como é de 130 milhões de anos atrás — ou seja, do Pré-Barremiano — o achado é bastante raro, mesmo globalmente falando, segundo Kamila Bandeira.

O nome Tietasaura é uma homenagem à obra do escritor baiano — conterrâneo do dinossauro — Jorge Amado, que viveu em Salvador e escreveu Tieta do Agreste , uma de suas obras de maior renome. Tieta, em si, é um apelido para o nome Antonieta, que, por sua vez, significa “sem preço”, uma referência ao grande valor do achado.

Já o nome específico da espécie, derbyiana , homenageia Orvillle A. Derby, fundador e primeiro diretor do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGB) e diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ele foi pioneiro da paleontologia na bacia do Recôncavo Baiano, lutando pelo progresso científico e pela geociência no Brasil. Um artigo descrevendo a nova espécie foi publicado em 11 de abril no periódico científico Historical Biology .

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