Dia da Terra: quanto falta para o colapso ambiental?
Nathan Vieira
Dia da Terra: quanto falta para o colapso ambiental?

Você sabia que nesta segunda-feira (22) comemoramos o Dia da Terra? A data funciona como um lembrete da importância da conservação ambiental e da sustentabilidade. A ideia é encorajar a população a agir em prol de um planeta mais saudável e de um futuro mais brilhante. Com a iminência de um colapso ambiental, essa conscientização pode ser mais necessária do que nunca.

O Dia da Terra marca o aniversário do nascimento do movimento ambientalista moderno de 1970. Na época, os EUA enfrentavam uma crise de poluição, principalmente por causa dos automóveis.

Com isso em mente, um senador chamado Gaylord Nelson se uniu ao jovem ativista Denis Hayes para organizar aulas e debates nos campus universitários, com o objetivo de promover a conscientização ambiental.

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Para expandir a ideia para um público mais amplo, e eles escolheram o dia 22 de abril, um dia da semana entre as férias de primavera e os exames finais. Dessa forma, conseguiriam um número maior de alunos participantes.

Assim foi criada uma equipe de 85 pessoas para promover eventos em todo o país, e o esforço passou a abraçar organizações e até grupos religiosos. O Dia da Terra inspirou 20 milhões de americanos a sair às ruas, parques e auditórios para protestar contra os impactos de 150 anos de desenvolvimento industrial que deixaram um legado crescente de sérios impactos na saúde humana.

Dia da Terra: estamos em colapso?

Atualmente, a situação do planeta pode ser considerada como alarmante, principalmente porque a Terra enfrenta impactos irreversíveis .

Uma das grandes questões tem sido a onda de calor. No último mês de março, por exemplo, a própria ONU emitiu alerta vermelho para o calor excessivo , e considerou a humanidade "à beira do abismo". Isso porque nunca estivemos tão perto do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris e porque 2023 foi o mais quente em 174 anos.

Mas a ideia de que a Terra caminha para um colapso ambiental não é nova. De acordo com o Professor de Biologia Flávio Landim, da Plataforma Professor Ferretto, há anos diversos profissionais da área da pesquisa ambiental fazem esse alerta sobre como o planeta está super aquecido, com uma crise em vista.

"Estamos enfrentando uma série de desafios ambientais que ameaçam a estabilidade dos ecossistemas e, por consequência, a própria sobrevivência das espécies, desde plantas até mesmo espécies de animais, que podem ser extintas por conta do superaquecimento", afirma Landim.

Várias causas podem ser atribuídas a esse possível futuro colapso, como:

  • Desmatamento desenfreado
  • Poluição atmosférica
  • Mudanças climáticas
  • Emissão de gases de efeito estufa
  • Perda acelerada de biodiversidade

De acordo com o especialista, "esses problemas estão intrinsecamente interligados e exigem uma abordagem holística e colaborativa para serem enfrentados".

Dentre as consequências que já enfrentamos, estão as inundações, mudanças bruscas de temperatura e até ciclones. “Nos últimos meses presenciamos fortes ondas de calor e fortes chuvas atingem parte do Brasil, isso pode estar ocorrendo por conta da crise ambiental que o planeta enfrenta” explica o docente.

E por falar esses impactos, o Google usou o tema de mudanças climáticas neste Dia da Terra 2024 , em um de seus famosos Doodles.

Mas não há motivos para desistir. Ainda há tempo para agir e reverter os danos causados ao meio ambiente. "A conscientização pública e a adoção de políticas ambientais mais rigorosas são passos essenciais nessa jornada de recuperação e preservação ambiental", acrescenta.

Neste Dia da Terra, a lição que fica é que cada pessoa tem um papel na proteção do meio ambiente e deve tomar medidas concretas para reduzir seu impacto negativo "Cada pequena ação conta, e é através do compromisso coletivo que podemos garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras" finaliza Flávio Landim.

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