![Asteroide perto da Terra pode ter vindo de grande cratera na Lua Asteroide perto da Terra pode ter vindo de grande cratera na Lua](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/dn/ip/ro/dniprog554rasjk2idqzecqpb.jpg)
Um novo estudo indica que a origem do asteroide Kamo'oalewa, considerado um quase satélite natural da Terra, está relacionada a um local específico na Lua . Pesquisadores liderados por Yifei Jiao, da Universidade de Tsinghua, descobriram que a rocha espacial pode ser um pedaço da Lua que foi ejetado de lá pelo impacto que formou a cratera Giordano Bruno.
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“Nossas principais descobertas são que o Kamo’oaelewa veio da Lua, e não do Cinturão de Asteroides , ao contrário da maioria dos asteroides da população de NEOs [os objetos próximos da Terra”, explicou Patrick Michel, coautor do estudo.
O asteroide oficialmente conhecido como 469219 Kamoʻoalewa foi descoberto em 2016 durante um levantamento de defesa planetária da NASA , focado na identificação de rochas espaciais que poderiam ser perigosas para nós.
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Os astrônomos perceberam que o Kamoʻoalewa orbita o Sol sincronizado com a Terra e gira rápido demais para um asteroide. Ao investigar as origens deles, pesquisadores descobriram em 2021 que o asteroide tem composição parecida com a das rochas lunares, o que sugere que pode ter vindo do nosso satélite natural.
Mas, afinal, de onde ele teria vindo exatamente? Para descobrir, a equipe do novo estudo trabalhou com as propriedades físicas e orbitais do objeto, junto de modelos de impactos na Lua . Ao reconstituir colisões no nosso satélite natural, eles descobriram que deve ter acontecido um impacto de um asteroide com 1,66 km de diâmetro, que deixou uma cratera medindo de 10 km a 20 km.
Asteroide Kamoʻoalewa e suas origens
Como os asteroides próximos da Terra não costumam passar mais que 100 milhões de anos nos arredores do nosso planeta, o Kamoʻoalewa deveria ser mais jovem que este período. Já o impacto com as dimensões propostas seria suficiente para ejetar uma rocha (que se tornou o asteroide) e detritos, que deveriam permanecer por 10 milhões de anos.
Só que tais detritos não foram encontrados, o que sugere que o asteroide deve ter algo entre 10 e 100 milhões de anos. Existem poucas crateras lunares que se encaixam nestas dimensões e idade — e a melhor candidata é Giordano Bruno, cratera que mede 22 km de comprimento e menos de 10 milhões de anos.
A composição das paredes e borda da cratera é parecida com aquela do Kamo'oalewa. Até 400 fragmentos rochosos com tamanho parecido com o do asteroide deveriam ter sido ejetados do local, e poderiam sair do espaço perto da Terra após 10 milhões de anos. No entanto, também era possível que acabassem em uma órbita parecida com a do Kamo'oalewa’.
Além de os resultados ajudarem os pesquisadores a desvendar as origens da rocha espacial, as descobertas são importantes também para a compreensão dos NEOs e dos impactos deles. “Os impactos ocorrem no Sistema Solar interno, mas enquanto os rastros são apagados na Terra, não são apagados na Lua. Assim, nosso satélite natural contém o registro do histórico de impactos no ambiente da Terra nos últimos 4 bilhões de anos”, observou Michel.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy .
Leia a matéria no Canaltech .
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