Novos vídeos trazem em detalhes a Nebulosa do Caranguejo e Cassiopeia A, alguns dos objetos mais famosos conhecidos. A NASA publicou as novas animações em timelapse nesta quarta-feira (24), produzidas a partir dos dados de raios X coletados pelo telescópio espacial Chandra ao longo de duas décadas.
As animações mostram as mudanças pelas quais estes remanescentes de supernova passaram ao longo dos anos. Os registros são uma ótima representação de como o Chandra é capaz de documentar mudanças em objetos astronômicos.
Em um comunicado, a NASA destacou que estas mudanças ficam ainda mais evidentes nos detritos das supernovas e da radiação que sobraram depois da explosão das estrelas que formaram os objetos.
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A Nebulosa do Caranguejo é o resultado de uma estrela que explodiu em supernova em 1054, a 6.500 anos-luz da Terra. Em seu centro está uma estrela de nêutrons, uma estrela de altíssima densidade produzida pela supernova.
Confira:
O Chandra passou mais de 22 anos observando a Nebulosa do Caranguejo e flagrou algumas alterações no anel e nos jatos dela. No entanto, os vídeos anteriores mostravam períodos de observação muito menores, que duraram no máximo 7 meses.
Foi assim que o telescópio capturou variações nos jatos de raios X visíveis somente neste vídeo. Novas observações devem ser feitas neste ano.
Já Cassiopeia A (ou apenas Cas A) foi formada por uma estrela que explodiu há cerca de 340 anos. Trata-se de um dos alvos mais observados pelo Chandra desde o início da sua missão — a primeira luz do telescópio, inclusive, foi obtida a partir de observações de Cas A.
Os dados do Chandra já renderam outros vídeos de Cas A, sendo que um deles foi feito com as observações capturadas de 2000 a 2013. Já o novo vídeo mostra o que o telescópio registrou de 200 a 2019.
Entre alguns detalhes interessantes, está a região externa de Cas A, que mostra a onda da explosão. Ela é feita de ondas de choque parecidas com aquelas vindas de um avião supersônico , e em seu interior partículas são aceleradas a energias maiores que aquelas possíveis nos aceleradores de partículas mais poderosos do mundo.
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