Nesta quarta-feira (24), completaram-se 24 anos do lançamento do telescópio Hubble . Para comemorar o marco, a NASA publicou uma bela foto capturada pelo observatório, que mostra a Pequena Nebulosa do Haltere. Esta nuvem de gás e poeira fica a 3.400 anos-luz de nós, e é tão fotogênica que é uma queridinha dos astrônomos amadores.
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A Pequena Nebulosa do Haltere também é chamada de M76 e é do tipo planetária, ou seja, é um envelope feito dos gases liberados por uma estrela gigante vermelha que encerrou seu ciclo. Depois, o núcleo da estrela vai se tornar uma anã branca, objeto quente e denso.
Já o material liberado pela estrela formou uma camada densa de gás e poeira que acompanha o plano orbital da sua vizinha. No entanto, perceba que este outro objeto não aparece na foto — e talvez isso seja um sinal de que acabou devorado pela estrela central.
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Assim, ao contrário do que o nome parece indicar, as nebulosas planetárias não têm relação alguma com planetas. Na verdade, o nome delas é este porque em 1700 os astrônomos as observavam com telescópios menos potentes, e pensaram se tratar de planetas.
Por fim, a nebulosa tem dois lóbulos de gás quente — daí seu apelido. Eles estão escapando da parte superior e inferior do “cinturão” da nuvem, acompanhando o eixo de rotação da estrela. Estas estruturas são impulsionadas pelo fluxo de material da estrela finalizando seu ciclo, e se movem pelo espaço rápido o suficiente para você viajar da Terra em apenas sete minutos.
O telescópio Hubble
Lançado em 1990, o telescópio Hubble já fez 1,6 milhões de observações de mais de 53 mil objetos astronômicos. Desde aquele ano, 44 mil artigos científicos foram publicados a partir dos dados do telescópio, que é considerado a missão de astrofísica mais cientificamente produtiva em toda a história da NASA.
Muitas das descobertas do Hubble sobre buracos negros , a atmosfera dos exoplanetas e lentes gravitacionais não eram esperadas pelos cientistas. Após 34 anos de funcionamento, o observatório mostra sinais de desgaste, mas vai continuar em ação até o fim da década, no mínimo.
O Hubble vai contar com um aliado poderoso. O James Webb, o maior observatório da NASA , foi projetado para ser um complemento ao Hubble, e não um substituto. Por isso, ambos vão trabalhar em equipe: ao combinar os comprimentos de onda observados, a dupla de observatórios pode revelar discos protoestelares, a composição de exoplanetas, supernovas incomuns e muito mais.
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