Este exoplaneta tem tantos vulcões ativos que brilha
Danielle Cassita
Este exoplaneta tem tantos vulcões ativos que brilha

Mais um exoplaneta mortal foi descoberto. A descoberta foi feita por Stephen Kane, astrofísico da Universidade da Califórnia que ficou surpreso com o que seus cálculos mostraram: o mundo encontrado faz parte de um sistema estelar distante, e está coberto por tantos vulcões ativos que, se fosse visto de longe, teria brilho avermelhado vindo da sua lava .

O astrofísico encontrou o exoplaneta TOI-6713.01 enquanto estudava o sistema estelar HD 104067, encontrado a cerca de 66 anos-luz da Terra. Os astrônomos já sabiam que o sistema tinha um exoplaneta gigante; agora, o telescópio TESS, da NASA , pareceu indicar que havia outro mundo no sistema.

Enquanto coletava dados sobre o mundo gigante, Kane descobriu o novo exoplaneta, que parece ser rochoso e 30% maior que a Terra. O mais curioso é que este mundo tem várias semelhanças com Io, lua de Júpiter que é o objeto mais vulcanicamente ativo em nosso Sistema Solar.

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“Este é um planeta rochoso que eu poderia descrever como Io usando esteroides”, brincou Kane. "Ele foi forçado a uma situação em que está constantemente explodindo com vulcões. Em comprimentos de onda da luz visível, seria possível ver um planeta incandescente, vermelho e quente com uma superfície de lava derretida”, acrescentou.

Ele estimou que, por lá, as temperaturas chegam a nada agradáveis 2.326 ºC — para comparação, considere que a temperatura na superfície do Sol é de 5.600 ºC. A força gravitacional é a principal culpada pela atividade vulcânica tanto em Io quanto em TOI-6713.01.

Kane explicou que a gravidade de Júpiter e das outras luas forçaram Io a entrar em uma órbita elíptica ao redor do planeta. “A gravidade de Júpiter ‘aperta’ tanto Io que causa erupções constantemente em seus vulcões na superfície”, disse. Algo parecido acontece no sistema do exoplaneta TOI-6713.01.

Nos próximos passos, Kane e seus colegas querem calcular a massa e densidade do planeta para descobrir a quantidade de material disponível para as erupções. "Isso nos ensina muito sobre os extremos de quanta energia pode ser bombeada para um planeta rochoso e as consequências disso”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astronomical Journal .

Leia a matéria no Canaltech .

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