Amazon remove anúncios de celulares ilegais após pedido da Senacon
Renan da Silva Dores
Amazon remove anúncios de celulares ilegais após pedido da Senacon

Após ser notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) , a Amazon cumpriu o pedido de retirada de anúncios de celulares ilegais de seu marketplace. Junto ao Mercado Livre , também notificado pelo órgão, a gigante varejista tinha até a tarde da última segunda-feira (13) para realizar a remoção, de acordo com o ofício emitido na última sexta (10) feito sob solicitação da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

O Canaltech entrou em contato com as varejistas para confirmar relatos de uma possível extensão da data-limite, e se ela compreendia ambas, e apurou que as companhias já se movimentaram para atender ao ofício. Em resposta, o Mercado Livre explica ter solicitado maiores informações do órgão governamental para cumprir as exigências da maneira adequada:

"O Mercado Livre se colocou à disposição para contribuir com a Senacon e apresentou uma manifestação pedindo mais informações para que seja possível cumprir corretamente a determinação".

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Por sua vez, a Amazon revelou já ter cumprido a requisição da Senacon, removendo os lojistas indicados pela secretaria:

"A Amazon.com.br removeu as ofertas de uma seleção de aparelhos celulares de sua loja em cumprimento à requisição enviada pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (“CNCP”) da Secretaria Nacional do Consumidor (“Senacon”). Os vendedores parceiros responsáveis pelas ofertas foram notificados e suas lojas foram suspensas temporariamente. Eles poderão recorrer apresentando à Amazon a documentação que comprove a regularidade de cada produto e oferta".

Os anúncios citados foram identificados em 50 dos maiores vendedores presentes nas plataformas de comércio online, e pertenceriam a smartphones considerados pela Senacon como contrabando, por apresentarem irregularidades.

Estariam entre essas irregularidades a falta de homologação pela Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel ), a ausência de carregador no padrão ABNT obrigatório no Brasil, o não cumprimento da garantia estabelecida por lei, a inexistência de assistência técnica autorizada no país e a falta de recolhimento de tributos sobre os aparelhos.

Conforme destaca nota enviada pela Anatel às gigantes, o Código de Defesa do Consumidor prevê multa de até R$ 50 milhões se as irregularidades forem comprovadas e não resolvidas. Além disso, a agência destaca que apenas os fabricantes dos aparelhos ou seus representantes oficiais podem solicitar a certificação dos produtos.

Na ocasião da notificação original, emitida na semana passada, a Amazon disse não comercializar produtos irregulares, reforçando que os dispositivos vendidos em seu marketplace devem possuir “licenças, autorizações, certificações e homologações necessárias”. A empresa assegurou que o lojista flagrado cometendo infrações é suspenso, tendo os materiais ilegais destruídos.

Já o Mercado Livre deixou claro que a veiculação de anúncios e a venda de aparelhos irregulares acarreta na expulsão de lojistas, e disse trabalhar ativamente para tentar barrar o uso ilegal da sua plataforma.

Leia a matéria no Canaltech .

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