Por que a Fiat está encerrando a produção do motor Fire?
Paulo Amaral
Por que a Fiat está encerrando a produção do motor Fire?

A Fiat anunciou recentemente que está encerrando a produção do Fire , motor que foi introduzido nos carros da marca em 1985, mas só chegou ao Brasil no início dos anos 2000, com a família composta pelo hatch Palio, pelo sedan Siena e pela perua Weekend.

Sucessor do Fiasa, que equipava o Fiat 147 e, após passar por algumas mudanças, o Uno Mille , o motor Fire é o mais antigo do ciclo Otto em linha no Brasil. Por que, então, a montadora italiana pertencente ao Grupo Stellantis está encerrando sua produção? É isso o que o Canaltech vai explicar.

Antes, porém, um pouquinho da história deste “velho de guerra” que, em breve, vai se aposentar. A sigla Fire, ao contrário do que alguns podem pensar, não remete a “Fogo” (que é Fire em inglês), e sim a Fully Integrated Robotised Engine , que significa Motor Completamente Fabricado por Robôs.

-
Feedly: assine nosso feed RSS e não perca nenhum conteúdo do Canaltech em seu agregador de notícias favorito.
-

A chegada do motor Fire, portanto, marcou uma virada de chave para a montadora, que passou a utilizar uma linha de montagem robotizada e, com isso, conseguiu aumentar a escala produtiva ao mesmo tempo que reduziu custos.

Fiat Mobi é último a usar motor Fire

Enquanto não sai da linha de produção da Fiat de forma definitiva, o Fire segue “dando o ar da graça” em um dos modelos mais baratos e mais vendidos do Brasil no segmento dos hatches.

O propulsor está sob o capô do Fiat Mobi Like, que oferece ao motorista entre 71 cv e 74 cv de potência (gasolina e etanol), além de um torque que varia entre 9,3 e 9,7 kgf/m, dependendo do combustível utilizado no tanque. Com o fim do Fire, o Mobi passará a adotar o 1.0 Firefly de 3 cilindros.

Algoz do Fire tem nome

O principal culpado pelo fim da produção do motor Fire pela Fiat atende pelo nome de Proconve L8 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores). Para quem não sabe, trata-se do programa regulador das emissões de poluentes que deve entrar em vigor a partir de 2025.

Assim como ocorreu na época da chegada do Proconve L7 , em 2022, muitas montadoras tiveram que adaptar suas linhas e decretar o fim de alguns carros que não se enquadrariam nas novas exigências, a menos que um investimento muito alto fosse realizado.

No caso do motor Fire, a Fiat teria que realizar uma série de adaptações para que ele pudesse se adequar às novas regras e, no final, a conta não fecharia. Desta forma, o motor mais antigo do Brasil está cada vez mais perto de dar adeus.

Leia a matéria no Canaltech .

Trending no Canaltech:

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!