Quem é a Shiver Entertainment, estúdio comprado pela Nintendo?
Durval Ramos
Quem é a Shiver Entertainment, estúdio comprado pela Nintendo?

Você pode nunca ter ouvido falar da Shiver Entertainment, mas o pequeno estúdio americano entrou no grande holofote da indústria de games após ter sido comprado pela Nintendo . O anúncio da aquisição foi feito nesta segunda-feira (20) e pegou muita gente de surpresa por ter vindo do mais absoluto nada.

Só que, apesar de o nome da Shiver não ser tão conhecido assim do grande público, seus jogos certamente o são. A empresa ficou conhecida por ser uma das principais parceiras da Big N e de outras produtoras na hora de fazer ports de games de PlayStation 5 e Xbox Series para o Switch.

Dois títulos bem recentes de seu portfólio são justamente as versões de Switch de Hogwarts Legacy e Mortal Kombat 1 , jogos exclusivos da nova geração e que foram adaptados para rodar no console híbrido da Nintendo. Antes disso, o estúdio foi o responsável por games da franquia Scribblenauts , como o divertido Showdown e a coletânea Mega Pack .

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Por isso mesmo, a aquisição feita pela Nintendo despertou curiosidade, pois sugere alguns sinais para o futuro. Em tempos em que as especulações sobre o vindouro Switch 2 começam a pipocar de todos os cantos, o menor movimento pode revelar grandes caminhos.

Quem é a Shiver?

A própria Shiver Entertainment se apresenta como uma desenvolvedora pequena composta por uma equipe enxuta com foco tanto na criação de jogos próprios como em parceria com outros estúdios.

Antes de ser adquirida pela Nintendo, ela estava atrelada a outra empresa bastante conhecida dos jogadores — embora não por bons motivos. O estúdio com sede em Miami foi comprado em 2021 pela Embracer Group , o grande conglomerado que saiu adquirindo várias produtoras nos últimos anos e, mais recentemente, a vender propriedades e demitir equipes .

Foi durante esse período que passou a trabalhar mais com o port de jogos para o Switch do na produção de títulos originais. E os resultados são bem divisivos, como os fãs podem se lembrar.

No caso de Mortal Kombat 1 , por exemplo, a versão do game de luta para o console da Nintendo foi muito criticada pela sua baixa qualidade, sendo repleto de bugs e adaptações gráficas terríveis. Não por acaso, o port acabou virando piada nas redes sociais na época .

Ao mesmo tempo, o lançamento de Hogwarts Legacy para o Switch foi muito elogiado pelo modo como a Shiver conseguiu compactar um título tão grande dentro das limitações do hardware . Com mais tempo de desenvolvimento e sem a pressão de lançar o game junto com as outras plataformas, o jogo se tornou um exemplo de como o Switch era mesmo capaz de alguns pequenos milagres.

O que a Nintendo quer com a Shiver?

A grande pergunta, porém, é o plano da Nintendo com essa aquisição. Ao tornar a Shiver Entertainment uma de suas novas subsidiárias, a gigante japonesa parece estar de olho justamente na capacidade da empresa de otimizar jogos de outras plataformas para hardwares mais modestos, como o caso do Switch.

Tanto que a própria Big N aponta para isso. No comunicado oficial sobre a compra, a empresa destacou que o objetivo é “garantir recursos de alto nível para desenvolver ports”, ainda que deixe claro que a intenção não é limitar a Shiver apenas a seus próprios sistemas.

Assim, com a iminência do Switch 2, tudo indica para um movimento bastante estratégico. Os rumores apontam que, apesar do salto de qualidade em relação ao hardware atual, o novo console ainda deve ser inferior ao PS5 e ao Xbox Series e, portanto, contar com a expertise de um estúdio para fazer esses ports é fundamental para garantir que o novo videogame não seja apenas uma máquina de rodar Mario.

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