O Detran-SP vai aumentar a fiscalização durante as provas aplicadas para obtenção da Carteira Nacional de Trânsito. O objetivo é evitar fraudes e inibir procedimentos ilícitos, como o pagamento de propinas durante os exames, práticos e teóricos, obrigatórios antes de tirar a CNH .
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Batizado de Projeto Focus e registrado pela Portaria nº 2.889 do Diário Oficial do Estado, ele prevê a instalação de câmeras nos uniformes dos instrutores de trânsito a partir do 2º semestre de 2024. Dessa forma, ficará mais difícil a utilização de artimanhas para burlar os exames de obtenção de carteira de motorista.
Em nota oficial, o Detran-SP informou que a equipe envolvida no projeto é composta por 15 membros. Eles serão responsáveis por planejar, executar e monitorar todas as atividades necessárias para a implantação da solução de monitoramento audiovisual, prevista para ter início já no 2º semestre de 2024.
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“A adoção de tecnologias inovadoras, como o monitoramento audiovisual, é fundamental para garantir a excelência dos processos internos e dos serviços oferecidos à sociedade. O Projeto Focus demonstra o nosso compromisso com a transparência e a integridade em todas as operações. Reafirmamos o dever em promover um trânsito mais seguro e organizado no Estado de São Paulo”, diz Eduardo Aggio, diretor-presidente do Detran-SP.
O que as câmeras do Detran-SP querem coibir?
O Projeto Focus foi batizado por conta do significado da sigla em inglês Field Operations Continuous User Supervision (Supervisão Contínua de Usuários em Operações de Campo). Por isso, as câmeras que serão instaladas nas roupas dos instrutores que trabalham efetivamente em campo terão uma missão bastante clara.
Ela consiste em evitar a chamada “prova-fantasma”, situação na qual o aluno que está sob avaliação manda outra pessoa em seu lugar para fazer o teste ou sequer o realiza, mas consta como aprovado após pagamento de propina a alguém envolvido no processo de emissão da CNH .
Outros departamentos de trânsito já adotaram o monitoramento como uma das formas de evitar fraudes, casos dos Detrans do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso. Esse último, inclusive, faz uso de coordenadas retiradas de aparelhos de GPS instalados nos carros das provas práticas, já que, no passado, alunos foram aprovados sem sequer terem movimentado os veículos durante as provas práticas.
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