![Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/81/5n/jl/815njla5mzoee46kqsq5kde1w.jpg)
Uma das espécies mais misteriosas do mundo foi filmada nas profundezas do mar exibindo a maior luz biológica do reino animal — é uma espécie de lula abissal que atacou equipamentos científicos durante um estudo da zona hadal do oceano, a mais profunda de todas.
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O registro brilhante foi feito pela Fundação Minderoo em conjunto com o Centro de Pesquisa de Mar Profundo da Universidade do Oeste da Austrália a 1.000 metros de profundidade, no Oceano Pacífico. O equipamento usado foi uma câmera de queda livre equipada com iscas, levada até o fundo do mar próxima à Passagem Samoana, região ao norte das ilhas de Samoa.
O animal em questão é a lula-luminescente-de-mar-profundo ( Taningia danae ), um grande cefalópode que se alimenta de crustáceos, peixes pelágicos e outros tipos de lula . Seu tamanho é famoso, já que a maior lula da espécie já encontrada tinha 2,3 metros de comprimento, uma fêmea, enquanto o espécime do vídeo tinha estimados 75 centímetros.
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Lulas e bioluminescência
No vídeo, é possível ver a lula surgindo da escuridão em direção à câmera, agarrando o objeto e então fugindo rapidamente. Instantes antes de abraçar o equipamento, no entanto, o cefalópode deixa à mostra um par de órgãos bioluminescentes — fotóforos — na ponta de seus tentáculos. A espécie ostenta os maiores fotóforos do reino animal, raramente vistos em ação pelos cientistas.
Acredita-se que os animais atordoem presas com a tática, e talvez até se comuniquem com outros indivíduos da espécie através do método.
Os padrões de luz podem ser modificados à vontade pela lula através do controle de uma membrana semelhante a uma pálpebra, cobrindo e descobrindo cada fotóforo. A lula-luminescente-de-mar- profundo provavelmente confundiu a câmera científica com uma presa e tentou intimidá-la na caça.
Pouco se sabe sobre o comportamento das T. danae , já que poucas foram vistas vivas — a maioria dos registros é feita com espécimes encalhados em praias, pescados por caso ou encontrados no estômago de baleias. A primeira vez que uma delas foi vista viva foi há 19 anos, com um sistema de câmeras semelhante ao do evento.
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