Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo
Augusto Dala Costa
Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo

Uma das espécies mais misteriosas do mundo foi filmada nas profundezas do mar exibindo a maior luz biológica do reino animal — é uma espécie de lula abissal que atacou equipamentos científicos durante um estudo da zona hadal do oceano, a mais profunda de todas.

O registro brilhante foi feito pela Fundação Minderoo em conjunto com o Centro de Pesquisa de Mar Profundo da Universidade do Oeste da Austrália a 1.000 metros de profundidade, no Oceano Pacífico. O equipamento usado foi uma câmera de queda livre equipada com iscas, levada até o fundo do mar próxima à Passagem Samoana, região ao norte das ilhas de Samoa.

O animal em questão é a lula-luminescente-de-mar-profundo ( Taningia danae ), um grande cefalópode que se alimenta de crustáceos, peixes pelágicos e outros tipos de lula . Seu tamanho é famoso, já que a maior lula da espécie já encontrada tinha 2,3 metros de comprimento, uma fêmea, enquanto o espécime do vídeo tinha estimados 75 centímetros.

-
Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube , todo dia tem vídeo novo para você!
-

Lulas e bioluminescência

No vídeo, é possível ver a lula surgindo da escuridão em direção à câmera, agarrando o objeto e então fugindo rapidamente. Instantes antes de abraçar o equipamento, no entanto, o cefalópode deixa à mostra um par de órgãos bioluminescentes — fotóforos — na ponta de seus tentáculos. A espécie ostenta os maiores fotóforos do reino animal, raramente vistos em ação pelos cientistas.

Acredita-se que os animais atordoem presas com a tática, e talvez até se comuniquem com outros indivíduos da espécie através do método.

Os padrões de luz podem ser modificados à vontade pela lula através do controle de uma membrana semelhante a uma pálpebra, cobrindo e descobrindo cada fotóforo. A lula-luminescente-de-mar- profundo provavelmente confundiu a câmera científica com uma presa e tentou intimidá-la na caça.

Pouco se sabe sobre o comportamento das T. danae , já que poucas foram vistas vivas — a maioria dos registros é feita com espécimes encalhados em praias, pescados por caso ou encontrados no estômago de baleias. A primeira vez que uma delas foi vista viva foi há 19 anos, com um sistema de câmeras semelhante ao do evento.

Leia a matéria no Canaltech .

Trending no Canaltech:

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!