Acusação contra o Facebook argumenta que a empresa permitiu uma segregação discriminatória
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Acusação contra o Facebook argumenta que a empresa permitiu uma segregação discriminatória

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em ingês) fez uma acusação contra o Facebook, que teria omitido anúncios de vaga de emprego a mulheres e a pessoas de gênero não binário. Conforme publicado pelo portal internacional The Verge , o ato viola os direitos civis dos Estados Unidos.

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Na denúncia, a ACLU aponta que a rede social permitiu que pelo menos 10 empregadores, incluindo uma de desenvolvedor de software e um departamento de polícia, publicassem anúncios de emprego que excluíssem essa parcela da população, focando o comunicado apenas em usuários homens, conforme aponta a  acusação contra o Facebook .

De acordo com o The Verge , a queixa apresentada à Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA, que funciona como agência federal para supervisionar acusações de discriminação no local de trabalho, espera fazer justiça a milhões de mulheres excluídas de visualizar o anúncio de emprego no Facebook .

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Como a maioria dos cargos estavam em setores dominados por homens, a advogada representante da ACLU, Galen Sherwin, disse à  CNNMoney que “os empregadores provavelmente pensam que devem preencher as vagas com pessoas que se parecem com aquelas que já ocupam esses empregos", e critica a ação. "O problema é que isso é ilegal”, destaca.

A ACLU explica que as plataformas online geralmente não são responsáveis pelo conteúdo postado pelo usuário, o que incluiria anúncios. Mas o grupo sustenta que o Facebook deve ser responsabilizado, neste caso, porque criou um mecanismo com potencial para discriminação.

Porta-voz responde à acusação contra o Facebook

Acusação contra o Facebook está sendo analisada dentro da empresa
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Acusação contra o Facebook está sendo analisada dentro da empresa

Em uma nota oficial, o porta-voz do Facebook, Joe Osborne, declarou que a discriminação é “estritamente proibida em nossas políticas” e que, no ano passado, a rede social fortaleceu o sistema responsável por proteger os usuários desse tipo de violência. A respeito da acusação da ACLU, Osborne afirmou que o caso está sendo analisado.

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Embora o caso esteja sob análise, esta não é a primeira vez que surge uma acusação contra o Facebook acerca de discriminação. A empresa já foi denunciada por permitir que anunciantes de habitação excluíssem pessoas com base em etnia e religião. Após a comprovação da violação, a empresa removeu mais de cinco mil categorias que permitiam a exclusão. Nessa ocasião, a queixa foi apresentada pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano.

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