Combatendo as fake news no Facebook, empresa decidiu apagar 196 páginas e 87 contas que espalhavam desinformação dentro da rede social fazendo uso de perfis falsos
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Combatendo as fake news no Facebook, empresa decidiu apagar 196 páginas e 87 contas que espalhavam desinformação dentro da rede social fazendo uso de perfis falsos

O Facebook parece mesmo dedicado a combater a desinformação na rede social antes das eleições presidenciais marcadas para outubro de 2018 no Brasil. Depois de anunciar uma série de medidas que vão tornar mais claro o que é o que não é propaganda eleitoral dentro da rede e contratar agências de checagem dos fatos para apurar se o que viraliza na rede é mesmo autêntico, a rede social comunicou nesta quarta-feira (25) que excluiu usuários e páginas que espalhavam fake news no Facebook.

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Segundo a apuração da Agência Reuters , a rede social apagou 196 páginas e 87 contas que disseminavam fake news no Facebook dentro do Brasil e que juntas somavam meio milhão de seguidores. A maioria delas eram páginas e contas usadas para a divulgação de informações falsas por membros do grupo ativista Movimento Brasil Livre (MBL) que teve papel importante no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e ganhou forças nas redes sociais, chegando a eleger alguns de seus fundadores a cargos públicos depois disso, como o vereador Fernando Holiday, eleito pelo Democratas na cidade de São Paulo.

Após a divulgação da informação, o Facebook divulgou comunicado onde afirma que "após uma rigorosa investigação dos perfis envolvidos" chegou a conclusão que esses usuários estavam envolvidos em "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook , e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".

Ainda segundo o Facebook, essa atuação violava sua política de autenticidade, o que possibilita que a rede social apague as contas desses supostos usuários, o que não evitou que o MBL emitisse um comunicado onde se queixa de estar sendo censurado.

Representantes do grupo publicaram em suas redes sociais que "na manhã de hoje, 25/07/2018, diversos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) tiveram suas contas arbitrariamente retiradas do ar pelo Facebook. A alegação dada pela rede social é a de que se tratava de coibir contas falas destinadas à divulgação de 'fake news'."


O comunicado do MBL ainda afirmou que o "Facebook tem sido alvo de atenção internacional, por conta do viés político e ideológico da empresa, manifestado ao perseguir, coibir, manipular dados e inventar alegações esdrúxulas contra grupos, instituições e líderes de direita ao redor do mundo".

O grupo se defende dizendo que "muitas dessas contas possuíam dados biográficos" e afirmou que vai "utilizar todos os recursos midiáticos, legais e políticos que a democracia nos oferece para recuperar as páginas derrubadas."

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Os líderes também comentaram sobre os questionamentos feitos à Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, quando este foi prestar esclarecimentos ao Congresso Americano sobre o caso de vazamento de dados à Cambridge Analytica e acabou respondendo também sobre a disseminação de fake news dentro da rede social.

Combate às fake news no Facebook

Uma das muitas perguntas que Zuckerberg respondeu no Congresso Americano dizia respeito ao combate às fake news no Facebook. Após isso, empresa parece ter mudado de postura e passado a agir mais ativamente
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Uma das muitas perguntas que Zuckerberg respondeu no Congresso Americano dizia respeito ao combate às fake news no Facebook. Após isso, empresa parece ter mudado de postura e passado a agir mais ativamente

Também nessa semana, o Facebook já tinha anunciado que passaria a apagar fake news da rede social . A medida veio na extensão de uma série de esforços da empresa de Mark Zuckerberg realizados após o Facebook se envolver em polêmicas e ser acusado, inclusive, de contribuir para a campanha difamatória que ocorreu durante as eleições presidenciais americanas que acabaram elegendo Donald Trump.

Porém, ainda que o comunicado já marcasse uma mudança de posutra significativa por parte da empresa que sempre negou a responsabilidade pelo conteúdo publicado dentro de sua plataforma, o Facebook dizia que só apagaria as fake news que pudessem causar danos físicos às pessoas como denúncias de crimes falsos ou destastes naturais que pudessem geras pânico e acidentes. Dessa forma, postagens de caráter político-opinativo ou mesmo difamatório não seriam afetados pela nova medida.

Até então, o Facebook se limitava a penalizar os posts que promoviam informações não verificadas, reduzindo o alcance da publicação ou impedindo que o usuário pudesse impulsionar esse conteúdo por meios de pagamento. Isso porque o Facebook sustentava que não deveria interferir na liberdade de expressão de seus usuários nem funcionar como um editor daquilo que as pessoas publicavam.

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Dessa forma, a rede social só interferia num post quando este continha algum material que infringia suas política de comunidade, como a regra que proíbe o discurso de ódio e discriminação ou fotos nuas ou de violência explícita, por exemplo. Essa pode ter sido, inclusive, a brecha para a exclusão das páginas que infringiam as políticas de privacidade da empresa.

De qualquer forma, diante dos estragos que a publicação de conteúdos falsos na rede social estavam causando, chegando ao ponto de influenciar no resultado de uma eleição presidencial nos Estados Unidos, o Facebook agora está se permitindo fechar o cerco para as fake news.

Uma outra medida anunciada recentemente incluía a parceria com agência de checagem de notícias que vão classificar as informações mais propagadas dentro da rede social em critérios de credibilidade. Especula-se até que o Facebook esteja testando uma ferramenta que mostre um percentual para os usuários do quanto a notícia que ele está visualizando é verdadeira.

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Além disso, a rede social anunciou recentemente que está criando regras para a veiculação e propagação de anúncios eleitorais e/ou políticos e que deixará mais evidente quando um post foi produzido ou está sendo impulsionado por um candidato . Medida que já vai valer para as eleições presidenciais no Brasil, marcadas para outubro desse ano. Tudo isso para tentar minimizar os impactos das fake news no Facebook .

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