A Apple revelou nesta segunda-feira (21) um iPhone menor e mais barato, que visa os mercados emergentes e possivelmente a China, maior comprador de smartphones no mundo, com a empresa de tecnologia buscando reverter uma queda nas vendas globais de seu produto mais importante.
O novo dispositivo, chamando iPhone SE, tem uma tela de 4 polegadas (equivalentes a 10 cm) e será vendido a partir de US$ 399. O aparelho é a segunda aposta da Apple para o competitivo mercado intermediário, após uma incursão mal-sucedida três anos atrás.
O valor é muito abaixo do valor inicial de US$ 649 para o principal modelo de iPhone atual sem um contrato, o que está além do alcance de muitos. O novo telefone, com o alardeado chip A9, da Apple, dobra a velocidade da tentativa anterior da empresa em um iPhone de entrada, o 5s, lançando em 2013. O dispositivo também funciona com o Apple Pay e vem na popular cor ouro rosé.
O design mais compacto vem após a empresa expandir o tamanho das telas de seus iPhone 6 e iPhone 6 Plus, de alta qualidade em 2014 para telas de 5,5 polegadas. O movimento foi amplamente visto como uma tentativa de competir com a rival Samsung Electronics, com seus telefones Galaxy com telas grandes.
Robótica para reciclar iPhones
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A empresa também apresentou um sistema robótico chamado Liam para desmontar iPhones que foram para o lixo e recuperar materiais valiosos que podem ser reciclados, como prata e tungstênio. A mudança é uma tentativa de solucionar as críticas de que os produtos da Apple, embora elegantes e sem imperfeições no design, são tão bem construídos que é difícil desmontá-los para reciclagem.
O Liam, que tem sido desenvolvido por quase três anos, focará inicialmente no iPhone 6. A Apple planeja modificar e expandir o sistema para lidar com os diferentes aparelhos e recuperar mais recursos, disse a empresa. O sistema começou a operar com capacidade total mês passado e pode desmontar um iPhone 6 a cada 11 segundos, recuperando metais como alumínio, cobre, estanho, tungstênio, cobalto, ouro e prata, de acordo com a Apple.
A vice-presidente de meio ambiente, políticas e iniciativas sociais da Apple, Lisa Jackson, disse em uma entrevista que o sistema robótico deve impulsionar o setor a reciclar mais. "Precisamos de mais pesquisa e desenvolvimento se vamos concretizar a ideia de uma economia circular nos eletrônicos", disse ela, referindo-se à meta de reutilizar mais materiais, no maior número de ciclos possível.
O sistema consiste de 29 módulos robóticos instalados em um único local, perto da sede da Apple, em Cupertino, na Califórnia. Um segundo Liam está sendo instalado na Europa, afirmou a Apple. Menos de um sexto do lixo eletrônico global é reciclado ou reaproveitado, segundo um relatório das Nações Unidas publicado em abril do ano passado.
*Com informações da Reuters.