Desde a década de 1980 a internet vem conquistando territórios no mundo. Em 30 anos de história seria razoável que boa parte do planeta já tivesse acesso a essa tecnologia que não é mais sinônimo de extravagância ou ostentação, e sim uma ferramenta que garante a comunicação, o entretenimento, e até mesmo o aprendizado das pessoas.
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Entretanto, um estudo de iniciativa do Facebook e encomendado pela Internet.org à revista britânica The Economist apurou que cerca de 4 bilhões de pessoas da população mundial não tem acesso à internet , seja fixa, mobile ou banda larga.
O que mais choca na pesquisa realizada é a questão da desigualdade social que aparece de forma escancarada pelos números apurados. Segundo o levantamento, enquanto na Europa 20% das pessoas está offline – o que é um número muito alto - no continente africano, o registro é de 75%.
No Brasil
No Brasil o quadro de desigualdade se repete. O balanço apontou que existe o total de 70,5 milhões de brasileiros sem conexão à internet.
De acordo com a apuração quantitativa, as nações que mais têm pessoas offline são a Índia e a China, com respectivamente, 864,7 milhões e 660,9 milhões. O ranking também inclui países como a Indonésia, Paquistão, Nigéria e México, que estão atrás do Brasil.
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Internet inclusiva
Os analistas também avaliaram 75 países sobre a disponibilidade e qualidade de conexão, preço e ambiente competitivo, política para internet e educação dos usuários e relevância do conteúdo local.
Na pesquisa, tanto a Suécia quanto Cingapura apareceram no topo da avaliação. Logo em seguida veio os Estados Unidos, Reino Unido e Japão.
Nesse subindicador o Brasil apareceu em 18º lugar. De acordo com os pesquisadores, é muito positivo para os usuários locais a abundância de conteúdos em português, porque isso de fato é uma coisa que estimula as pessoas à consumirem conteúdos da internet.
Os pesquisadores também citaram que como existe muitas operadoras de telecomunicação no País é possível que haja uma disputa para que a internet chegue aos usuários por um preço justo e com melhor qualidade ao longo do tempo.
Somente quem utiliza a internet no Brasil sabe como é dificultoso ter acesso a um serviço de qualidade, ainda mais por um preço justo. Seria essencial que no próximo levantamento os analistas também averiguassem as opiniões dos próprios usuários desses países. Para se ter uma ideia, as empresas brasileiras (que competem arduamente com seus concorrentes) de telecomunicações são as que apresentam o pior desempenho no mercado. Enquanto isso, o usuário aguarda pela democratização do acesso a internet e pela qualidade do serviço.
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