No dia 2 de março de 1987, há exatamente 30 anos, era lançado o Apple Macintosh II, o primeiro computador com monitor a cores e finalmente com uma arquitetura "aberta". Apresentado em uma época difícil para a companhia norte-americana, que enfrentava problemas financeiros e ainda lidava com a saída do ex-CEO Steve Jobs, que só voltaria à empresa em 1997, o eletrônico era o mais moderno do mercado na época e cobria as principais falhas de seu antecessor.
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O primeiro computador da Apple não tinha visor colorido e não permitia "upgrades" tecnológicos. Com as melhores especificações para o momento, o aparelho contava com um microprocessador Motorola 68020 de 32 bits, 16 MHz e 190 mil transitores, uma potência significativa para o período. O computador se destacava do seu antecessor e até mesmo seu sucessor, o Macintosh 512K.
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Com design moderno, típico da Apple, o aparelho lembrava mais os PCs da IBM, que oferecia melhor desempenho. Projetado desde 1985, sem o conhecimento de Jobs, o computador foi criado pelos engenheiros Michael Dhuey, Brian Berkeley e Hartmut Esslinger. O aparelho tinha exigências impensáveis para os dias de hoje. O teclado e o mouse, por exemplo, precisavam ser comprados separadamente. Por outro lado, o Mac oferecia algumas vantagens na comparação com outros computadores pessoais. Uma delas era a possibilidade de modificar o dispositivo com os seis slots de expansão, nos quais era possível incluir placas de vídeo para incorporar outros monitores.
Outra expansão previa a instalação de uma placa com um processador que criava compatibilidade com programas MS-DOS dos computadores IBM. As vantagens traziam consigo preços bem elevados, bem parecido do que é possível perceber com os novos computadores da empresa. O Macintosh II, aliás, era, de longe, o aparelho mais caro do tipo e custava quase o dobro do seu antecessor. A versão mais completa custava pouco mais de US$ 7,1 mil em 1985, o equivalente a US$ 15 mil em 2016.
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10 anos do primeiro iPhone
Vinte anos após apresentar o Macintosh II, a empresa apresentou algo que se tornaria o produto mais rentável da história: o iPhone. O celular representou, em 2007, o início da era dos smartphones e se tornou um objeto de desejo para boa parte da humanidade. Além disso, ajudou a transformar os mercados de software, música e publicidade. De acordo com a economista Mariana Mazzucato, alguns pontos-chave permitiram que aparelhos como o iPhone se popularizassem. Entre eles, itens relacionados ao hardware, como microprocessadores e chips de memória, e ao software, como acesso à internet e asistentes pessoais, como a Siri, por exemplo.
* Com informações da Ansa.